Um amor de detetive de Sarah Mason

O chick lit de hoje é o livro escolhido para o mês de maio do Desafio Literário, Um amor de detetive da Sarah Mason, que eu já queria ler faz - literalmente- anos.

Apesar de ter gostado muito de outro livro da Sarah  que  havia lido antes ( A vida é uma festa, ainda sem resenha no Lost) sempre fico um pé atrás quando vou fazer a leitura de um livro adorado por muitos, talvez por causa daquela grande expectativa que se cria sabe?

Mas para a minha sorte, apesar de todas as expectativas -  da altura do Empire State- Um amor de detetive me divertiu durante as diversas horas de tédio pela qual passei dolorosa e arrastadamente esse fim de semana na casa dos meus  pais cuidando do poodle da família (sim, babá de cachorro numa casa sem tv a cabo, imagina as trevas). 

Este mistery lit conta a história de Holly, uma jovem e atrapalhada jornalista  afundada na seção de  funerais de bichinhos de estimação. A vida de Holly está para mudar quando ela  finalmente recebe uma promoção, sendo designada para o cargo de jornalista investigativo, não exatamente um cargo muito desejado. E logo de cara surge uma chance para nossa protagonista se destacar, ela fará  um diário (chamado de O verdadeiro Diário de Dick Trace) da rotina de um detetive da policia . E para isso terá que acompanhá-lo em suas investigações.  O detetive que lhe foi designado foi James Sabine, um gato de olhos verdes, super sério, irônico e que está de casamento marcado. 

James não está nada feliz em ter que carregar a atrapalhada e faladeira Holly para tudo que é canto, e a relação desta dupla a principio não é nada amigável.  Ele  não gosta de jornalistas e acha que  este diário irá atrapalhar suas investigações do novo ladrão de antiguidades denominado Raposa, e ela  fica incomodada com sua completa falta de tato. 

Um jogo de gato e rato, daqueles "eu te odeio/você me odeia" que pode ser até um clichê do gênero, mas sem duvida rende histórias super divertidas como essa.   A relação de Holly e Jack é hilária, e apesar da "raivinha" ir diminuindo com o tempo  o livro está repleto  de momentos engraçados.  Sem contar o charme desse homem, OMG. Meus personagens masculinos favoritos são sempre aqueles  mal-humorados, rudes, irônicos mas repletos de charme mesmo assim. Sou  a garota gamada em anti-heróis #fato.  E o fato da Holly não conseguir se manter longe do hospital? Sempre se machucando, caindo e arrumando confusão. Não sei porque super me identifiquei. Talvez pelo fato de que meu marido vive me chamando de Pata, e que eu não passe uma semana sem que eu tenha um roxo em algum lugar -visível- do corpo ( esse fim de semana me queimei  no forno elétrico, to com uma mancha horrível na mão, palmas para mim!)

Simplesmente me apaixonei pelos dois.  Acho que é impossível  não se apaixonar! E esse é o grande motivo de ser um dos chick lits mais queridos pelas leitoras  aqui do Brasil.

Como na leitura anterior de Sarah Mason não tenho absolutamente nada de negativo para falar sobre  sua narrativa e personagens, sempre bem  construídos, principalmente neste seu livro de estreia. 

Um daqueles livros para se ler,  re-ler e  re-re-ler, que com certeza entrou para minha lista de favoritos.

Vale lembrar que a Sarah Manson tem três livros lançados  pela Editora Bertrand Brasil (Um amor de detetive, A vida é uma festa e Alta sociedade) dois deles altamente recomendados por esta que vos fala. 
Tentarei resgatar a resenha do  A vida é uma festa em breve, e colocar o Alta Sociedade na lista de próximas leituras. 

Mês que vem no Desafio Literário é o mês de autores nacionais e o meu livro escolhido é O Vôo da Guará Vermelha, que é um dos preferidos da minha irmã e que há anos ela vem querendo que eu leia.

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