A Vida Sexual da Minha Tia é o primeiro livro publicado no Brasil, pela editora Bertrand Brasil, da autora inglesa Mavis Cheek. Além de uma comédia de costumes a história de Dilys se encaixa perfeitamente em um dos subgêneros do chick Lit, chamado Hen Lit, ou seja, uma história cuja protagonista se encontra numa idade um pouco mais avançada.
Neste caso, Dilys está quase beirando os 60 em um casamento com mais de 30 longos anos. Ela nunca foi uma mulher muito romântica, na realidade nunca se viu realmente apaixonada por um homem (digo paixão daquelas de subir pelas paredes), nem mesmo pelo seu marido, apesar de amá-lo fraternalmente à seu jeito.
No entanto acredita que teve uma vida privilegiada, já que casou com um bom homem, Francis, que lhe deu uma vida estável na qual nunca passaram necessidade, bem diferente da infância difícil que vivenciou. E nunca lhe passou pela cabeça que um dia chegaria a traí-lo. Até que sua melhor amiga perde a batalha contra o câncer, e ela conhece um jovem simpático e sedutor na estação de trem quando voltava para casa depois do enterro. Logo de cara Matthew à fez sentir coisas que ela nunca havia sentido antes, e ela não resiste em cair nos seus braços. Para encaixar essa paixão na sua rotina diária, Dillys encontra o álibi perfeito para suas novas escapadas românticas em uma Tia com a qual ela perdeu o contato e nem sabe o paradeiro.
O livro se inicia com uma narrativa super ágil, que me surpreendeu bastante. Eu pensei: Nossa a autora conseguiu contar a vida da personagem inteira em trinta paginas, e com detalhes!
Mas depois de um começo agitado, Dilys entra numa fase bastante reflexiva, bem característica de mulheres mais maduras. E neste momento em que o livro começa a desacelerar, ele começa a ficar um pouco cansativo. Dilys se sente culpada por amar Matthews, mas mesmo assim não tem coragem de abrir mão da estabilidade com Francis. Será que ela é capaz de deixar a sua boa vida, sua imagem de boa mãe sempre correta, para viver uma paixão cujo parceiro não tem planos para vida muito menos um emprego?
Fiquei irritadíssima com as divagações políticas sobre o período de Margareth Tatcher. Não sei se é só comigo (e minha formação acadêmica bastante direcionada para ciências políticas) mas eu simplesmente não aguento mais ouvir falar sobre o governo da Dama de Ferro e sua importância para o estabelecimento do neoliberalismo selvagem. Com certeza, este não é um dos assuntos que gostaria de ver em um livro destinado a diversão.
Contudo próximo ao final, a história ganha vida novamente, principalmente com a chegada da Tia verdadeira (e seus segredos) e com a primeira conversa franca de Dilys com sua irmã ( com a qual nunca se deu muito bem). A cena no restaurante vegetariano com certeza é o ponto alto do livro.
Depois de um inicio agitado, um desenvolvimento meio monótono, perto do final A vida sexual da minha tia conseguiu me conquistar novamente. No entanto, não tenho como negar, a leitura foi uma montanha russa para mim. Alguns momentos de prazer com piadas afiadas e personagens com histórias bem construídas, mas repletos de momentos de profunda irritação como nas divagações políticas e o final brochante.
Não foi uma decepção total, mas não alcançou minhas expectativas.
Julianna desde que eu ví a capa do livro tenho que ser sincera:
ResponderExcluirNão gostei! Achei a capa muito apagada e o título não me convenceu muito.
A Dilly parece ser uma personagem muito querida mas também não achei ela muito interresante.
Sei que tem muitos livros bons do gênero Hen Lit com certeza mas esse não caio na minha" vontade de ler e comprar".
Queria te perguntar, no livro diz quantos anos tem o "amante" sa Dilly, porque ela já tem quase 60 anos né. srsrsrsr
Não fala exatamente, mas ela acredita que tem entre 40 e tantos e 50.
ResponderExcluirEu tinha certa curiosidade para ler o livro, mas fiquei preocupada com o seu comentário a respeito de um final brochante o-o
ResponderExcluirEu vi esse livro na Saraiva e realmente não me encantei por ele. O título não me chama a atenção, e a sinopse (e agora sua resenha) não me levam a crer que seja interessante ler. Não sei se a capa original é mais ou menos nesse estilo também, mas achei essa capa super sem graça =(.
ResponderExcluirQue pena... pelo título achei que seria mais interessante... mas a capa realmente é feinha...
ResponderExcluirbeijos,
Dé...
Não me interessou, confesso que detesto traição, rsrsrs.
ResponderExcluirSua resenha foi bem explicativa, =).
Vou passar longe desse livro, porque não é o meu estilo. ^^
Acho que dessa vez vou deixar passar... Embora sua resenha tenha me deixado curiosa, não rolou aquele momento "preciso desse livro agora mesmo"... A capa não ajuda e o fato de rolar umas divagações políticas também não me animou! hehehe
ResponderExcluirBeijos
Camila
Diferente das meninas, o titulo me chamou a atenção. A capa não... e a história até parece interessante, mas essa conversa de livro que fala de política e desacelera em alguns pontos não é comigo Ju, hehehe
ResponderExcluirTô precisando é de umas histórias beeeem aceleradas, pq parada já basta a vida real #aff
@tathys
Ei Ju,
ResponderExcluirGostei muito da resenha, abordou vários pontos do livro. Eu achei a capa feinha quando vi e não me interessei muito mas estava curiosa para saber da história.
Com tanto livro bom, os mais ou menos vou deixar passar rs
bjoo