Há algum tempo venho desejando resgatar e resenhar todos os chick lits que li num período pré-Lost, mas depois do trabalho desta semana em que finalmente consegui organizar e adaptar os subgêneros deste estilo que tanto amo simplesmente decidi que isso tem que ser para ontem. Coloquei na minha cabeça que até o final de 2010 quero ter todos os chick lits já publicados aqui no Brasil lidos e resenhados, e para isso terei que resgatar todos os 50 e tantos que tenho aqui em casa e mais uma outra lista dos que ainda não li ( Sim eu tenho uma lista de -quase- todos os chick lits publicados aqui, mas não está digitada, uma hora eu faço isso e disponibilizo). Será um trabalho digno de Hércules, eu sei! Mas assim que tiver finalizado poderei ficar focada nos lançamentos nacionais, e nas leituras internacionais visando trazer sempre aquele nome novo para o mundinho chicklitiano brasileiro.
E nada mais justo do que começar esta jornada com o livro responsável pelo boom do chick lit no mercado mundial: O Diário de Bridget Jones de Helen Fielding.
Bridget Jones não foi apenas minha primeira incursão neste gênero literário, para os especialistas , foi o livro responsável pela a explosão da primeira leva de livros do estilo leve e divertido voltado para o publico feminino. Como pode ser visto atualmente, esse fenômeno iniciado na capital inglesa correu o mundo, ultrapassou a barreira das páginas dos livros, e veio para ficar. Eu ainda não sei como levou tanto tempo para autores do mundo todo pensarem: - Poxa, as comédias românticas ( em inglês Chick Flick) do cinema fazem tanto sucesso, porque não fazer um livro no mesmo estilo?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-bxUl_ZC00AmOe-h6v9Md9r3iWi0mPzxPKq_GqTO5mpRYFqWVrnTIoRVDMoJr2tOtFmlnh7tMPlSG1XnuBMhHQp_UzG8pzivQLPsXEPaUg4xix4uBPHiN95R9rhj3MIrZaxrg8qYMFoE/s200/bridget_jones.jpg)
Ainda me sinto culpada por ter demorado tanto tempo para fazer essa resenha, afinal depois de tanto tempo o diário amalucado da Bridget continua sendo o meu chick lit favorito. E mesmo depois de dez anos toda vez que eu sento para fazer uma releitura (o que faço no mínimo uma vez por ano) parece que o estou lendo pela primeira vez. Como um livro que sei diversas passagens de cor e salteado ainda consegue me fazer sorrir- pensar- animar exatamente nas mesmas partes?
Acho impossível que vocês nunca tenham ouvido falar do livro (ou do filme), mas mesmo assim vou comentar um pouquinho da história:
Bridget Jones, balzaquiana londrina se encontra num emprego estagnado, acima do peso e com uma paixão platônica pelo chefe charmoso e galinha- Daniel Cleaver. Não bastando tudo isso, ela já não aguenta mais a pressão dos familiares e amigos para que finalmente encontre um marido. Além da coação psicológica ela fica sendo jogada para diversos pretendentes da forma mais constrangedora possível, entre eles o famoso advogado Mark (me abana) Darcy. Suas peripécias em forma de diário relatam sua rotina amalucada em busca da tão falada felicidade, sempre regados a uma quantidade nada adequada de vinho.
Lembro que quando ouvi falar do livro, eu e minha irmã juntamos as moedinhas para comprá-lo junto com um Harry Potter. E alguns anos mais tarde depois do filme ter estourado, quase tive um treco do coração quando "perdi" minha primeira cópia do livro, que foi emprestada e nunca devolvida ( a "amiga" sumiu, se mudou e levou o meu livro junto) sendo responsável por uma das minhas maiores psicoses e paranóias: Nunca empresto meus livros ( que mais tarde se alastrou para os DVDs também). Não adianta pedir ou implorar!
Bridget Jones é hilário, irônico e inesquecível. Foi o primeiro livro que abriu meus olhos para a independência ( eu tinha 14 anos gals), e me fez perceber que ter um amigo gay para se consolar é um item de primeira necessidade. As esquisitices e paranoias de Bridget são universais e para qualquer idade.
Quem nunca ficou paranóica por causa dos pneuzinhos ( nem que eles estejam apenas na sua cabeça)? Ou travou uma verdadeira batalha para escolher uma roupa e se preparar para um encontro? Quem nunca teve uma paixão platônica impossível e que se sentiu feliz com mínimos flertes? Quem nunca odiou alguém com todas as forças, e depois percebeu que não era exatamente ódio o que estava sentindo?
Se você nunca passou por isso, larga os livros agora, sai da frente do pc e vai viver um pouco, sério! Tá perdendo as melhores coisas da vida, e infelizmente um bom livro ainda não pode suprir esse tipo de experiência.
Se você nunca passou por isso, larga os livros agora, sai da frente do pc e vai viver um pouco, sério! Tá perdendo as melhores coisas da vida, e infelizmente um bom livro ainda não pode suprir esse tipo de experiência.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEid5AGIMbNlI01KF7WtSpa-NAKnWRSP4Wly1AI74qXgdLnxdvmsCH0PzGxiUea2WIa8WKjikMq2H7WmnsMh2i1RQotOnwAQr40_TqcIrujU1B0a8SGMAxjDBNBE8weyk5u_vwFqdyqXlAM/s200/fielding.jpg)
Leia o livro + veja o filme = se apaixone e se divirta na certa.
Ps: Um dos raros casos que a capa brasileira bate de mil a zero a original!
Ps: Um dos raros casos que a capa brasileira bate de mil a zero a original!