Mas vamos ao que interessa...
Tempest conta a historia de Jackson Meyer, um universitário que viaja no tempo. Yes, that's cool right? Mas se eu dizer que apesar dele poder voltar no tempo ele não consegue alterar o passado? Continua sendo divertido, não é? E até muito mais descompromissado, tirando o fato que ele vê sua namorada levando um tiro por estranhos que invadem o quarto da garota a sua procura, e de que tem quase certeza que seu pai seja membro de uma organização secreta ( possivelmente da CIA). Como será possível ele alterar o seu o destino e salvar Holly, entender a sua história, e descobrir porque ele virou essa "aberração" enquanto sua irmã gêmea faleceu com câncer no cérebro? Tempest é uma história repleta de reviravoltas, e a minha dica é ficar longe da orelha do livro, que na minha humilde opinião revela um pouquinho a mais do que uma sinopse deveria revelar. Leia sem medo, mas preparado para grandes emoções.
"Esqueçam tudo que você já ouviu sobre viagem no tempo". Diz Jackson Mayer em certa altura de Tempest, e eu não poderia encontrar frase que melhor descreva a mitologia nota dez de Julie Cross. Eu poderia passar a metade da resenha explicando os saltos no tempo, os meio saltos, a base, as mudança de base e outros diversos conceitos super bem estruturados da narrativa, mas por hora basta vocês saberem que é simplesmente a melhor mitologia dentre as minhas leituras fantásticas do ano. Julie soube na medida certa criar uma mitologia diferente, complexa e detalhada e - o mais importante - soube fragmentá-la e desenvolvê-la durante a narrativa sem em nenhum momento, nem por um segundo, deixar o livro cansativo devido ao excesso de explicação, muito comum em livros do gênero, principalmente em início de series, como é o caso.
Outra coisa que me deixa vibrando é o fato do narrador ser um garoto. Yep! Não sejamos preconceituosas garotas, mas é fato consolidado que muito mais que 50% da literatura jovem adulto é narrada por garotas. E não há nenhum problema nisso, eu adoro, vocês adoram, todas nós adoramos, mas e os garotos o que acham? Alias garotos, me digam- mesmo- o que vocês acham sobre o assunto? Eu simplesmente adoro essa inversão de papeis, porque gosto de ver o mundo (mesmo que ficcional) pela perspectiva masculina, independente da temática, sendo que um narrador fofo como o Jackson é um bônus simplesmente apaixonante! E em Tempest, fofurisse nerd, não está presente apenas no protagonista, levante as mãos quem sempre se apaixona pelo carinha nerd secundário (o/ o/ o/), neste caso o inteligentíssimo do Adam. E Holly, a principal personagem do sexo feminino e ponto chave da história, por sua vez tem milhões de pontos positivos por ser uma garota legal, em todas as suas versões temporais.
Mas isso tudo é fichinha em comparação ao turbilhão de emoções que é Tempest. Eu não conseguia colocar o livro de lado, pois a narrativa é pá-pum-pá-pum ( sim, estou usando uma aliteração para você ver o nível da empolgação). Você não tem tempo de respirar entre uma página e outra, tamanha a aventura que é a história. Com certeza vocês vão sofrer da síndrome "eu não consigo virar as paginas rápido o suficiente muito menos largar este livro até terminar". Eita agilidade, Dona Julie Cross! Só não vale viajar no tempo e pular para as ultimas paginas, tentando descobrir o final. Não adianta nadica de nada, porque /shame, eu tentei!
Uma salva para a autora que arrasou no seu debut. E uma salva para a Editora Jangada por trazer esse livro que me passou completamente despercebido durante minhas pesquisas internacionais. Amei-amei cada santo detalhe ( inclusive a diagramação), e mal posso esperar pelo lançamento de Vortex, que só vai ser lançado lá nos EUA em janeiro de 2013 /chora!
E agora se vocês me permitem, vou encerrar essa postagem com uma historinha. Estou aqui hoje escrevendo essa resenha no horário da minha soneca pós-escravidão (aka trabalho) de sábado pois fui persuadida, ou melhor coagida, por minhas melhores amigas (aka Denise e Bruna) a tomar tenência na vida e voltar a fazer o que eu realmente gosto de fazer, no intuito de parar de reclamar da minha vidinha medíocre. Isso porque tecnicamente nem elas e nem eu aguentam minhas desculpas a procrastinação rotineira e falta de foco ( sim a sinceridade abateu minha pessoa e estou detalhando essas coisas paras vocês, pois então). O nível da coação beira a chantagem, e como o blackmail vale a companhia da minha parceira no crime na festa de hoje. Estou aqui abdicando das horas necessárias de sono, ganhando olheiras de panda, mas especialmente a companhia da supra citada Bruna. Vocês não acham mais do que justo? Agora não tem jeito my friend, Barbiekill tonight baby!
Se você achar que a história compartilhada for uma perda de tempo faça o favor de voltar a quantidade de tempo necessária para você ler esse paragrafo, porque enfim, essa sou eu.
Julianna Stefens, sábado, 11 de agosto de 2012, 15:51, orversharing com orgulho.
Ps: Fiquei de olho que amanha ou segunda vai rolar Promo relâmpago de dois chaveiros lindos de Tempest!