Rainha da Fofoca é - de fato - a minha série preferida da Meg Cabot quando se trata de chick lit. E desde o desenrolar chocante do segundo livro da série A rainha da fofoca em Nova York venho aguardando o terceiro e ultimo livro da série -Rainha da Fofoca: Fisgada- ser lançado aqui no Brasil. E tenho que admitir nunca foi tão-tão-tão difícil ficar longe de spoilers, até porque sinceramente eu queria descobri-los. E para falar a verdade até dei uma pesquisada de leve online, mas acabei não confirmando nada.
Então quando o livro chegou eu estava empolgadíssima, e por mais que quisesse resisti bravamente, e não, não li a ultima página para confirmar minhas esperanças.
Se vocês não leram os dois primeiros livros da série (
Rainha da Fofoca e
Rainha da fofoca em Nova York, ambos resenhados aqui no Lost) façam a leitura desta resenha sob sua conta e risco, por ela contém detalhes -obviamente- dos livros anteriores.
Bam! O título já entrega novamente o que acontecerá com a nossa querida boca grande.
Lizzie foi fisgada! Sim, depois daquele drama todo, toda aquela desilusão e aquele super amasso com Chad, Lizzie aceita se casar com aquele Luke praticamente irreconhecível. Vale lembrar que ela aceitou o anel de noivado de Luke enquanto Chad ainda estava na sua cama dormindo.
Ela não está nada empolgada com o casamento, a ponto de ficar com urticária toda vez que a cerimonia vem a tona. Ela também não consegue parar de pensar em Chad, mesmo que esteja se mantendo afastada do amigo. Para piorar Monsier Henri precisa fazer uma cirurgia de emergência e a loja (cada vez mais cheia por causa do sucesso com o vestido vestido de noiva que ela havia restaurado no livro passado) inteira fica nas mãos de Lizzie.
Neste livro vemos uma Lizzie muito menos boca grande, totalmente atarantada por causa do trabalho e do casamento eminente. Ela e Luke praticamente não tocam no assunto, principalmente porque ele acaba aceitando um trabalho de verão como administrador na Europa, deixando cada vez mais claro que não vai continuar com o sonho de se tornar médico.
Quem nunca tomou uma decisão errada e depois fica remoendo de duvidas que atire a primeira pedra em Lizzie. Por mais que eu quisesse que ela acordasse e visse que nada daquilo estava certo, tenho que admitir que é (e era pra ela) muito mais fácil não lidar com a situação, porque convenhamos fingir que o problema vai se resolver sozinho é uma perspectiva muito mais agradável.
Então fiquei o livro todo na torcida pelo chá de semancol. E quando ele veio, ahhhhhhhhhhhh, foi só alegria. Não posso revelar muito, mais foi o final que sempre sonhei, ou pelo menos sonhei depois daquele banho de realidade que foi o segundo livro.
Alias esse "banho de realidade" foi o que me conquistou pra valer e que tornou Rainha da Fofoca uma das minhas séries favoritas da Meg. Porque, convenhamos, o primeiro livro é fantástico, Luke é o príncipe encantado que pedimos a deus, e se a história acabasse ali, welll ele seria um dos personagens masculinos mais fofos e sexys da Meg ( uh-lá-lá aquela cena no galpão), e teríamos um digno happy ending, aquele clichê gostoso que somos capazes de ler um a cada semana e esquecer completamente a história um mês depois. Mas quando partimos para a realidade chocante do segundo livro, eu pensei "PQP Meg Cabot, você acabou com aquela ideia de homem perfeito. Cara o que você fez com o Luke?" E só muito depois de terminar o livro é que consegui entender que a Meg queria mostrar aquilo que infelizmente é a realidade. Todos os namorados ou wanna bes são perfeitos a inicio, não são? E demora um pouco para as mascaras caírem ou as coisas desmoronarem(seja pelo motivo que for), e foi isso que acompanhamos enquanto descobríamos pouco a pouco o verdadeiro Luke.
Também adoro o crescimento de Lizzie, ela é definitivamente uma personagem que vai crescendo e amadurecendo página a página durante a série, e isso não se resume ao âmbito profissional ou ao quesito "boca grande", mas também emocionalmente. Sempre que me pego pensando em heroínas chicklitianas engraçadas acabo comparando-as com a Becky Bloom. e por favor, não venham me entender mal, eu adoro a Becky Bloom, mas o que mais me incomoda é a falta de crescimento no personagem, que é tão gritante - e consequentemente irritante- que me fez ficar com raiva das recaídas dela e que acabaram com o tesão de ler a série. Neste quesito a Lizzie ganha da Becky de lavada.
Enfim, se você já leu os dois primeiros livros, o que está esperando pra pegar Rainha da fofoca: fisgada? Já deixo avisado que o final é para vomitar arco-ris. Se você não leu a série ainda- ai ai ai ai danada! o que você está fazendo lendo todas as resenhas antes de começar a série? Sua louca! /faço-o-mesmo
Fiquem de olho que hoje, ou amanha, dependendo da minha força de vontade, vai rolar sorteio.