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O Be My Guest é mais uma coluna que estava meio sumida, eu sei! Mas juro que a culpa não foi minha, a verdade é que levei alguns calotes de certas amigas, que feio! (hauuaha), No entanto hoje ela volta com a corda toda! Com um especial sobre a rainha dos chick lits Marian Keyes escrito pelo autor Celso Faria. O Celso além de ser o autor do maravilhoso Os Vipirisados ( não leu a resenha do livro no Lost ainda? Você está intimado para ir ler agora) é leitor assíduo do gênero. Quem melhor para falar sobre chick lit do que um autor de chick lit? Então...
Fiquem agora com o Be My Guest:
Nome: Celso Faria
Cidade: Brasilia
Marian Keyes
Como escritor de chick lit, afinal posso classificar, de forma geral, o meu primeiro livro assim - “Os Vipirisados – a dura rotina de quem quer ser vip”-, sou também um leitor assíduo do estilo. Por isso, resolvi contar um pouco de uma das musas do formato, Marian Keyes.
Não entrei no mundo da autora rapidamente, aliás estranhei muito quando alguns amigos deixavam de sair para ficar em casa. O motivo era o livro dela. Também nas rodas, normalmente o papo era sobre o dito cujo que variava entre Sushi e Melancia, naquela época. Como sou avesso a modismos, claro que não li e preferi me aventurar em outros estilos.
Mesmo assim, porém, quando fui tirar umas merecidas férias, passei numa livraria e comprei o sugestivo “Férias!”. Fiquei magnetizado e os sete dias que passei na praia, me diverti muito com os personagens e com a história surpreendente. Ali fui pego por Marian Keys.
Passei a esperar por novos lançamentos e sempre fui um comprador assíduo da autora. Quando estive em viagem pela Irlanda, anos atrás, vi pela cidade, nos trens, a foto da moça. Ela realmente é popular por lá e compreendi um pouco do seu universo. Dos irlandeses muito brancos, muitos acima do peso e adoram uma cerveja.
Marian Keyes não teve uma vida fácil. Diz a sua biografia que já teve problemas com alcoolismo e tentou até suicídio, por isso suas personagens e histórias além de serem bem divertidas, traz um equilíbrio fantástico entre o trágico e o cômico. Não percebi isso em outros autores.
Em “Férias!”, por exemplo, é muito interessante a relação da heroína com a bebida e suas fugas com a realidade. As cenas de terapia são verdadeiros achados, principalmente pra quem acha que chick lit é literatura menor.
Como todo autor, Marian tem seus altos e baixos. Existem livros suportáveis, outros ruins e, felizmente, outros ótimos. Por isso, decidi fazer uma lista, para iniciantes no universo de Marian Keys:
Primeiro lugar – “Férias!” É divertidíssimo. A história é de uma moça que anda com problemas com o alcoolismo. Então, sua família decide interná-la numa clínica de reabilitação. Mesmo assim, e em boa parte do livro, a heroína pensa que está indo para um spa de férias. E daí vêm as melhores histórias e a diversão é certa. Eu dei boas gargalhadas e as pessoas ao lado pensavam que eu estava maluco. Fique atento as sessões de terapia, se for escritor. A autora
consegue fazer você rir sem ser melodramático ou piegas.
Segundo lugar – “É agora... ou nunca!” Três amigos parecem ter uma vida perfeita até que um deles, homessexual, informa que está doente. Então, a vida dos três fica uma maluquice total, graças aos pedidos e as cenas de autopiedade do rapaz. O melhor de tudo é a personagem gordinha. Penso que é dela os melhores momentos do livro.
Terceiro lugar – “Um Best Seller pra Chamar de Meu” é uma baita história, o livro é enorme e mistura três universos. Ouvi falar que a autora teve muita dificuldade de escrevê-lo e passou por muitas críticas da editora quando o fez. Por isso, o que parece uma colcha de retalhos, acaba fazendo sentido no final. Também recomendo para os escritores, afinal o mundo editorial não é um mar de rosas. Alguém tinha dúvida disso? Peraí, estou falando das grandes estrelas!
Dia desses, com uma amiga, fiz a lista acima e ela me confirmou que também essa é a ordem das obras preferidas de Keyes. Fiquei feliz, pois existem outras que gostaria de lher dizer um simplesmente “fuja!”.
Fuja de “Melancia”. Chato, melodramático, a autora repeti, repeti, repeti... Aliás, diga-se de passagem, isso é um elemento que faz parte da construção da autora. Ficar horas e horas, num solilóquio longuíssimo, a heroína pensando sobre como seria se o botão da calça fechasse, por exemplo. E nesse volume, ela pegou pesado.
Corra de “Los Angeles”. É difícil alguém dizer que gostou deste livro. Para dizer bem a verdade, eu não consegui chegar ao fim. E não senti culpa. É tudo perdido demais e a história não acontece, ou melhor, não existe uma história convincente. Tive a sensação de que a editora cobrava uma produção, ela sentou num fim de semana e escreveu.
Os outros? Valem a pena, mas não são fantásticos. São bons. Mas não posso deixar de dizer que Marian Keyes é muito superior a autoras que fazem sucesso por aí, mesmo nas obras medianas.
Mais pra frente prometo voltar a falar de outros livros chick lit, pois devoro vários por mês.
Até lá.
Celso Faria é fã de chick lit e leitor assíduo do Lost Chick Lit. É autor do livro “Os Vipirisados – a dura rotina de quem quer ser vip” que já foi apresentado no blog. Para comprar seu livro, entre no www.saramandaia.com.br. Para acompanhar o blog e ler o primeiro capítulo, acesse www.blogdocelsofaria.blogspot.com. E seu twitter é @celsofaria.
Espero que vocês tenham gostado dessa super participação. Engraçado como eu e o Celso temos quase a mesma opinião sobre os livros da Marian. Os meus preferidos são em ordem: Férias, Tem alguem ai? É agora ou nunca e Sushi. E na lista dos que não gosto muito trocaria Los Angeles (que é o mais fraco da Família Walsh) pelo Casório, que me irrita profundamente.
Amanha no blog, a resenha de Living la vida loca de Belinda Jones . Ps: Procura-se amigas menos caloteiras. Obrigado! hauhuaha