Desde que devorei o livro Crepúsculo Vermelho da autora brasileira Laura Elias tenho vontade de fazer uma entrevista com ela. Em um país em que os autores tem tanta dificuldade de publicar apenas um de seus livros, Laura é uma exceção, já escreveu 35 livros sendo 25 deles publicados sob diversos pseudônimos.
Esta semana o livro Lua Negra, o segundo da série The Red Kings iniciada com o Crepúsculo Vermelho (resenhado aqui no Lost) está sendo lançado (no próximo dia 09 de julho), então é o momento perfeito para a entrevista com esta autora super querida, que por coincidência compartilha do meu amor pelo rock, especialmente pela banda Queen e Adam Lambert.
Então vamos a entrevista. ..
Nasceu na cidade de Barra Mansa no estado do Rio de Janeiro em 1960. Sempre gostou de ler e escrever, mas nunca pensou em seguir a carreira literária. Se formou em Economia na Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo e trabalhou com Comércio Exterior até 2001. A partir do ano seguinte passou a ser uma das tradutoras e jornalistas da revista UFO, que trata sobre ufologia. Em 2005 foi indicada pelo seu editor na revista para a Editora Mythos que procurava autores para lançar romances no formato "de banca". Desde seu livro de estreia Laços do Passado, Laura já publicou outras duas dezenas de títulos, sob diversos pseudônimos, entre eles o mais conhecido Loreley Mackenzie. A partir de 2007 Laura passou assinar os livros com seu próprio nome, entre eles Crepúsculo Vermelho, cuja resenha pode ser lida no Lost in Chick Lit.
Julianna- Crepúsculo Vermelho não é o seu primeiro livro a ser publicado. Lançar um livro no Brasil não é nada fácil. Quais foram as dificuldades desse processo e como foi essa experiência para você?
Laura- Essa é uma história engraçada. Sei de pessoas que passam a vida batalhando por uma editora, tentando publicar um livro. Comigo foi ao contrário, a editora estava procurando um autor para lançar uma linha de romances de banca e um amigo achou que eu me sairia bem nisso. Na época eu era articulista da Revista UFO e foi o editor da UFO que me indicou à Mythos.
Eu entrei em contato com um dos donos da editora, ele me explicou o que queria e que já estava meio que desistindo, porque já havia testado outros autores e não tinha rolado. Eu fiz um livro – Laços do Passado – e mandei pra ele como teste. O livro foi aprovado e publicado e aí a coisa rolou.
Julianna - Você sempre sonhou em ser escritora, ou foi algo que surgiu ao acaso?
Laura- Eu sempre escrevi. Desde criança tenho esta incrível facilidade com os textos, mas nunca imaginei que isso viraria profissão. Escrevi muita poesia e contos e até um livro aos 14 anos, mas sonhar com esta carreira, nunca sonhei. Bem ao contrário, fiz faculdade de Economia e fui executiva na área de Comércio Exterior por muitos anos. Eu acho que a vida deu uma ajudinha pra ver se eu me tocava..rs.
Julianna - Histórias vampirescas estão em alta no mundo literário. Ao escrever Crepúsculo Vermelho você se sentiu inspirada por essa onda, ou foi algo que você já queria escrever faz tempo?
Laura- A editora me procurou e me ofereceu o projeto sobre um livro de vampiros para adolescentes. Eu enrolei um pouco para aceitar porque não me senti à vontade com a ideia. Não sou apaixonada por vampiros e nunca tinha feito um livro para jovens. Fiz um para crianças, mas para adolescentes nunca. Após algumas semanas eu aceitei o projeto e fui ler a saga Crepúsculo para ver do que se tratava e também para fugir o máximo possível dela. E não pensei que meu livro fosse “pegar” como pegou. Ainda bem que eu estava errada..rs.
Julianna - Crepúsculo Vermelho tem uma mitologia bem intrincada e original, como foi o processo de criação de espécies como os rovdyrs ?
Laura- Lento...rs.
Mesmo depois de aceitar fazer o livro, eu fiquei cozinhando a idéia. Não queria ficar repetindo a mesma história que todo mundo conhece de cruzes, caixões e água-benta. Queria fazer uma coisa diferente, mas que não tivesse nada a ver com a história da Stephenie Meyer. Queria alguma coisa moderna, antenada, que tivesse a ver com a época atual. E uma heroína inteligente e esperta, não gosto de trabalhar com personagens lentos e melodramáticos.
Uma bela noite estava vendo um documentário no Discovery Channel sobre uma expedição de biólogos que encontrou várias espécies desconhecidas no Equador e a idéia veio na hora. É engraçado isso, parece que acende uma lâmpada na cabeça da gente...rs. O nome rovdyrs eu tirei de um dicionário de Norueguês e significa predador. O resto da mitologia veio mesmo na base da inspiração.
Escrever é basicamente isso, a história acontece dentro da cabeça da gente. No meu caso, algumas cenas eu chego a ver como se fosse um filme e então vou descrevendo o que vejo. Mas foi uma época de muitos sonhos estranhos.
Laura- Essa é uma história engraçada. Sei de pessoas que passam a vida batalhando por uma editora, tentando publicar um livro. Comigo foi ao contrário, a editora estava procurando um autor para lançar uma linha de romances de banca e um amigo achou que eu me sairia bem nisso. Na época eu era articulista da Revista UFO e foi o editor da UFO que me indicou à Mythos.
Eu entrei em contato com um dos donos da editora, ele me explicou o que queria e que já estava meio que desistindo, porque já havia testado outros autores e não tinha rolado. Eu fiz um livro – Laços do Passado – e mandei pra ele como teste. O livro foi aprovado e publicado e aí a coisa rolou.
Julianna - Você sempre sonhou em ser escritora, ou foi algo que surgiu ao acaso?
Laura- Eu sempre escrevi. Desde criança tenho esta incrível facilidade com os textos, mas nunca imaginei que isso viraria profissão. Escrevi muita poesia e contos e até um livro aos 14 anos, mas sonhar com esta carreira, nunca sonhei. Bem ao contrário, fiz faculdade de Economia e fui executiva na área de Comércio Exterior por muitos anos. Eu acho que a vida deu uma ajudinha pra ver se eu me tocava..rs.
Julianna - Histórias vampirescas estão em alta no mundo literário. Ao escrever Crepúsculo Vermelho você se sentiu inspirada por essa onda, ou foi algo que você já queria escrever faz tempo?
Laura- A editora me procurou e me ofereceu o projeto sobre um livro de vampiros para adolescentes. Eu enrolei um pouco para aceitar porque não me senti à vontade com a ideia. Não sou apaixonada por vampiros e nunca tinha feito um livro para jovens. Fiz um para crianças, mas para adolescentes nunca. Após algumas semanas eu aceitei o projeto e fui ler a saga Crepúsculo para ver do que se tratava e também para fugir o máximo possível dela. E não pensei que meu livro fosse “pegar” como pegou. Ainda bem que eu estava errada..rs.
Julianna - Crepúsculo Vermelho tem uma mitologia bem intrincada e original, como foi o processo de criação de espécies como os rovdyrs ?
Laura- Lento...rs.
Mesmo depois de aceitar fazer o livro, eu fiquei cozinhando a idéia. Não queria ficar repetindo a mesma história que todo mundo conhece de cruzes, caixões e água-benta. Queria fazer uma coisa diferente, mas que não tivesse nada a ver com a história da Stephenie Meyer. Queria alguma coisa moderna, antenada, que tivesse a ver com a época atual. E uma heroína inteligente e esperta, não gosto de trabalhar com personagens lentos e melodramáticos.
Uma bela noite estava vendo um documentário no Discovery Channel sobre uma expedição de biólogos que encontrou várias espécies desconhecidas no Equador e a idéia veio na hora. É engraçado isso, parece que acende uma lâmpada na cabeça da gente...rs. O nome rovdyrs eu tirei de um dicionário de Norueguês e significa predador. O resto da mitologia veio mesmo na base da inspiração.
Escrever é basicamente isso, a história acontece dentro da cabeça da gente. No meu caso, algumas cenas eu chego a ver como se fosse um filme e então vou descrevendo o que vejo. Mas foi uma época de muitos sonhos estranhos.
Julianna - A trilha sonora do livro é bastante importante para a história. Como é o processo de escolha das musicas? Você gosta de todas ou escolhe aquelas que se encaixam de forma perfeita na sua narrativa?
Laura- Eu amo rock. E queria muito colocar uma trilha sonora no livro. Já fiz isso em outras histórias, mas nesta em particular eu busquei músicas que tivessem boa sonoridade e letras que se encaixassem no momento de cada capítulo, daí ter um pouco de tudo, do pop ao country. Deu um trabalhinho razoável encontrar letras certas, mas no final acabei conseguindo. E é também uma maneira de homenagear grandes artistas que aprecio e que muitas pessoas não conhecem.
Julianna - Tem algo em Megan que lembra você ou alguém do seu convívio, ou ela é completamente fictícia? E Bil, qual foram suas inspirações para escrever aquele homem sensual e misterioso?
Laura- Tem muito de mim na Megan, mas tem muito de outras pessoas também. É interessante isso, o livro só rolou em primeira pessoa. Quando comecei a escrever, a história não ia, porque eu estava narrando sem participar diretamente da trama. Ela só fluiu quando mudei a narrativa para primeira pessoa. Escrever na primeira pessoa é algo que muitos autores evitam, porque não tem como você não “vazar” no texto. Então sim, a Megan tem algumas características minhas, como amar musica e fazer piadas sem graça..rs.
O Bill é uma mistura de pessoas, mas fisicamente ele tem muito do Adam Lambert. Presença de palco, olhos absurdamente fascinantes, andar sexy, o sorriso torto. Claro que a personalidade dele já é outra coisa, né? Já para o lado “artista” do Bill eu me inspirei em alguns músicos que conheço e na dinâmica deles com a música e com a banda.
Julianna - Quando você começou a escrever Crepúsculo Vermelho já sabia que seria uma série? Quantos livros terão a Saga Red Kings?
Laura- Sabia que seria mais de um livro sim, mas não sabia quantos. Isso foi decidido mais tarde. A história que criei é longa e cheia de reiravoltas, não caberia em um volume apenas.
Julianna - Lua Negra, a sequência de Crepúsculo Vermelho sai dia 09 de julho pela Editora Mythos. Conte um pouquinho da história para gente!
Laura- Crepúsculo Vermelho termina com a Megan e o Bill passando o Ano Novo em NovaYork, super apaixonados e felizes da vida. Lua Negra começa com uma nevasca e uma avalanche que destrói a casa da Megan, obrigando a família a se mudar para casa de Bill. E Megan só não morre porque é salva, segundos antes da avalanche, por quatro vampiros poderosos. Por que os vampiros a salvaram? Só lendo o livro pra saber..rs.
Também há o crescimento de alguns personagens que no primeiro livro foram apenas apoio para a trama, como Alice e Christian. Simon, que havia partido, volta para a alegria das fãs e os segredos do passado complicado de Bill e seus amigos vêm à luz de forma meio assustadora. Acho que está bom, né?
Julianna -Como surgiu o título do livro Crepúsculo Vermelho ( Lua Negra) ? Quando você começou a escrever a história já tinha um título estabelecido?
Laura- Não fui eu quem deu os títulos, foi a editora. Eu queria Reis Vermelhos para o primeiro e Estrela Negra para o segundo, mas a Mythos decidiu mudar.
Julianna - Além da Saga Red King, você já lançou diversos livros da literatura conhecida como “livros de banca”, que tal como o Chick Lit ainda é alvo de muito preconceito. O que você acha sobre isso?
Laura- Muito sinceramente falando? Acho ignorância rotular o que não se conhece. Eu nunca li literatura de banca e li pouquíssimos romances na vida e olha só o que eu escrevo! O que acontece é uma generalização burra, que joga no mesmo balaio textos feitos em série e textos bem feitos. Fora do Brasil, um livro só é lançado em banca quando se tornou um best-seller. Aqui é ao contrário.
De qualquer forma, há sim muitos textos importados onde a história permanece e só se trocam os nomes dos personagens e o local onde se passa.
No meu caso, criei histórias completamente diferentes, em locais diferentes, com personagens diferentes. E sempre incluí muita pesquisa histórica e geográfica nos livros, pra não escrever besteiras homéricas..rs.
Qualquer preconceito é ignorância e arrogância, mas isso existe no mundo, então...
Julianna -Laura você poderia dá alguma dica para os leitores ou leitoras que sonham em se tornar escritores aqui no Brasil.
Laura- Ler muito. MUITO. Observar como os autores constroem as tramas, os personagens, como eles conduzem o leitor através do texto. E ler todo tipo de livro, mesmo que não seja de seu assunto predileto. Cultura é ferramenta de trabalho para quem escreve, porque dá segurança na hora de fazer a trama. E, claro, cuidar do Português.
Um livro legal é aquele que a pessoa entende o que está lendo, então não adianta rechear o texto de palavras dificeis ou escrever de forma tão hermética que o leitor não mergulhe na história. Se quem lê não conseguir se identificar com o livro e tornar-se parte dele, o autor não acertou o alvo.
Outra coisa legal é praticar sem critica. Ir escrevendo e escrevendo, treinando, mudando o texto, brincando coma s idéias. Escrever é muito divertido, mas se virar uma tortura é porque a pessoa está indo pelo caminho errado.
Fazer um boneco do texto antes, criar os personagens de acordo com aquilo que se pretende atingir e rascunhar a história em poucas linhas também ajuda bastante. Sem organizar fica mais dificil manter a coerência das idéias.
Enfim, tem várias técnicas legais que ajudam muito quem está começando.
Fiquem com a capa de Lua Negra, que terá resenha aqui no Lost em breve.
Mais sobre Lua Negra e Laura Elias em:
Que legal conhecer um pouco mais da autora!! ainda não li nada dela, mas vou com certeza!!!
ResponderExcluirP.S Olha me interessei no romance de banca que ela escreveu, vou procurar!
Bjo
Ai Ju! Só vc mesma... rs
ResponderExcluirEu estou com o Crepúsculo Vermelho aqui na minha estante, na pilha de livros para ler e eu nem li e já quero Lua Negra, posso com isso? kkkkkk
@tathys
É bom conhecer um pouquinho mais dos autores né?
ResponderExcluirE a Laura pareceu ser uma fofa :)
Só me deixou com mais vontade de ler o livro dela que vc resenhou
:)
xoxo
Se não fosse por essa entrevista eu nunca ia querer ler Crepúsculo Vermelho, hahaha. Depois da entrevista, até qe pareceu interessante...
ResponderExcluirmas a capa eh meio forçada, não gostei.
Será qe a editora vai achar um jeito de colocar o nome 'Eclipse' no 3º título? Impossível não comparar...
Cara, esse Bill da capa de Lua Negra é igual o Adam Lambert! :o
ResponderExcluirAdoguei!
Ganhei o Crepúsculo Vermelho aqui noi Lost e estou lendo agora! *--*
Maravilhosa entrevista da Laura! Ótimas dicas pros futuros autores, a entrevista toda está muito boa, parabéns pra ti e pra Laura:-)
ResponderExcluirNosssa, Ju eu não imaginava a Laura assim. Mais gosteimuito da entrevista.
ResponderExcluirque legal ela gosta de Rock!!!!!!!!!!!!!!!!
Amei a entrevista,e fico MEGA FELIZ QUE UMA BRASILEIRA TENHA PUBLICADO TANTOS LIVROS.
AMEI A FOTINHA DELA!!!!!!!!!!!!!
AINDA VOU LER ESSWE LIVRO
Muito legal a entrevista Juh, é bom saber que uma autora brazuca lançou vários livros! Chega até ser um espanto! HAUShA
ResponderExcluirAdorei a capa do livro, amo quando tem gente na capa não sei porque! HUAShsa
Pretendo ler a saga!
Uau, adorei a entrevista, fiquem com muita vontade de ler os livros dela!!
ResponderExcluir:*
Julianna, acabei de chegar do job. Mas assim que ví o post sai correndo. Eu ainda não lí esse livro e tenho que dizer que não achei a capa muito bonita( como vc sabe). Porém, depois dessa entrevista eu fiquei com muita vontade de ler o livro sério. E tipo ela gosta de Rock? weeeeeeeeeeeeee
ResponderExcluiramei, a entrevista e desejo todo sucesso para a Laura que foi mega fofa.
Que simpática ela!
ResponderExcluirNão li o livro, mas é sempre legal saber que o autor se dedicou tanto, pesquisou e escreveu uma coisa realmente original!
Sempre gosto das entrevistas que vc faz. Gosto de me sentir 'mais perto' dos autores, saber das inspirações, das idéias. Mais uma vez parabéns!
ResponderExcluirAinda não li nada dela (até pq estou fazendo uma rehab de vampiros ;D), mas é sempre bom ver uma autora brasileira fazendo sucesso...
Bjs
Adorei a entrevista Ju!
ResponderExcluirQueria saber se podia te linkar no meu blog!
Beijos, Marina
adoreei sabeer mais sobre elaa
ResponderExcluirainda não li nada dela, mais too doida pra leer alguns livros jaa
bj
Cara to tentando gostar, mas não dá. Mesmo depois da entrevista. Acho que lançar um livro tão parecido assim, é querer desafiar os fãs de crepusculo. Mesmo que eu não goste de crepusculo de qualquer jeito.
ResponderExcluirO primeiro livro sendo "crepusculo vermelho" e depois lua negra? Igual crepusculo e lua nova? Acho que ela foi ler crepusculo pra se inspirar e fazer igual e não fugir, isso sim. Até na capa é super parecida a menina com a bella e o menino com o Jacob! Peloamor né?
Só meus 2 cents.
Na tentativa de fazer com o que o livro fizesse mais sucesso pela semelhança de títulos entre ela e Stephenie Meyer, a editora estragou tudo! Um péssimo trabalho de quem inventou esse título, pq fica parecendo uma fanfic de Crepúsculo ou algo assim.
ResponderExcluirAdorei a entrevista Ju !! Muito bacana conhecer um pouco mais sobre a autora.
ResponderExcluirAbc.
então, eu preciso concordar com as meninas, a Giu e a Mikaela, quanto a questão de imitar os nomes e até a fisionomia da capa. Poxa já é tão difícil publicar um livro no nosso país, acho q a gente merece um pouquinho de exclusividade as vezes, née
ResponderExcluirNada contra a autora, eu achei ela até legal e tudo mais, talvez ela até tenha ficado presa a proposta da editora mas enfim, penso que um título mais original daria mais certo...
bjo bjo