The Ghost and The Goth de Stacey Kade

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The Ghost and The Goth
Stacey Kade
Editora: Hyperion
Páginas: 281 páginas
ISBN: 978-142312197-8
Onde Comprar:
Cultura|BookDepository

The Ghost and The Goth, o livro de debut da autora americana Stacey Kade, era um dos livros internacionais que eu mais desejava ler. Não sei o que aconteceu, mas definitivamente foi paixão a primeira vista, e antes mesmo de ler a sinopse já sabia que precisava lê-lo. O título e a capa pareciam tão perfeitos que a história por trás daquele casal pouco convencional estava fadada a ser perfeita. Alias eu já disse perfeito novamente, já perceberam a intensidade da coisa?

Todo mundo sabe que eu tenho uma crush danada por capas bem feitas e que preferencialmente combinem com o livro, mas  normalmente a capa é apenas um complemento. Se o livro não tiver uma história legal não adianta ter a capa mais linda do mundo que não vai me fazer ficar com vontade de lê-lo. Então, quando vi The Ghost and The Goth no Amazon  pela primeira vez a identificação foi imedita. Uma capa linda, uma sinopse que prometia plus um título super bem escolhido para grudar na cabeça e não te deixar sossegada até comprar o livro.

Ele estava no topo da minha lista, inclusive havia pedido para o Enderson comprar quando fosse pra Orlando, foi quando recebi  a surpresa da Disney Publishing.  Se eu contar  que - aos meus 25 anos de vergonha na cara - quase sai saltitando  da agencia do correio não vou estar mentindo.  Como é lindo o mundo de uma bookaholik, não?

A história, como o título promete, é sobre uma fantasma e um garoto digamos com um gosto excessivo por camisetas pretas. Alona Dare é homecoming queen, lider de torcida loira-linda-e-popular- que por um acaso do destino acaba morrendo atropelada por um ônibus escolar enquanto cabulava a aula de educação física. Will Killian, ou Will Kill como é chamado pelo pessoal do colégio, não tira nem por um segundo seu headfone, musica é para ele imprescindível e prescrita pelo seu medico. O seu problema não é esquizofrenia  como pensam, e sim sua mediunidade. Ouvir, falar e até sentir fisicamente pessoas que já passaram dessa para melhor não é algo que facilite a vida de ninguém, e Will aprendeu isso da pior maneira. Por isso sua fama não é das melhores, e seu gosto por preto o faz ser taxado de gotico. 

A vida  de Will não está anda fácil, seu psiquiatra vem querendo interná-lo, sua mãe ainda não se recuperou do suicídio do seu pai e ele não consegue ficar um minuto sequer sem seu ipod no colégio por causa  dos fantasmas que ele tenta fingir não ver. Deixar os fantasmas perceberem que ele consegue vê-los (e por consequência ajuda-los a seguir adiante) não é algo que ele deseja revelar, mas Will não resiste de rir ( o que não foi nada gentil) quando a sempre perfeita Alona Dare está surtando ao ver que seu ex-namorado e sua ex-melhor amiga já estão se pegando na escola apenas três dias depois do seu falecimento.

Apesar da raiva Alona é uma garota esperta, e sabe que vai precisar da ajuda de Will para entender algumas coisinhas da vida após a morte. Mas sera  que esses dois seres completamente diferentes vão conseguir se entender?

Nem preciso comentar que achei o livro perfeito, não é? 

Sempre gostei de livros com ou sobre fantasmas. Já cansei de  exaltar aqui sobre minha fascinação infantil pelo O Fantasma de Canterville, minha adoração pela série A Mediadora da Meg Cabot, e sempre que posso incluo livros com a temática na minha lista de leituras ( vide uma das minhas ultimas resenhas, a de My So-Called Afterlife).

E a fascinação pela capa de The Ghost and The Goth foi só o começo.  Tentei ao máximo estender minha leitura, com pena de terminar o livro.  E vocês sabem o quanto isso é dificil para mim, normalmente sento e leio tudo numa tacada só, depois fico me sentindo culpada e querendo mais. 

O problema foi que  eu demorei, enrrolei, e tentei ler o menor número de páginas por dia intercalando com outras leituras, e mesmo assim ao terminar continuo querendo mais.

Perfeito é apalavra chave da resenha. E nada é mais gostoso do que querer ler tanto um livro e ele atender todas as suas altas expectativas. 

A narrativa de Stacey, alternando entre a sagaz Alona e o hiper cute Will, é exatamente do jeito que eu imaginava, cheia de um humor inteligente e super bem contada. A história não é repleta de ação e nem repleta de paixão, características presentes em grande parte da literatura young adult, mas é de um charme tão contagiante que isso não importa e nem se percebe.

E por mais que eu adorasse igualmente os dois protagonistas, principalmente  o jeitão "Eu sei o que estou fazendo" de Alona  não tinha como não ficar torcendo  para o capitulo do Will chegar logo. Ele definitivamente  vai ser umas das minhas maiores crushes literarias do ano, só batendo de frente com Peeta de Jogos vorazes.

E tenho que admitir, não quero contar muito da história para não soltar spoiler a toa, mas quase tive um treco no final do livro! Mas graças a deus terminou bem, e eu mal posso esperar pelo lançamento da sequencia Queen of the Death que sai junho do ano que vem.
Tomara que alguma editora brasileira compre logo os direitos!

Para quem for tentar a leitura em inglês:

Nível  de dificuldade: intermediário

Primeiro Paragrafo:

"It was easy enough to sneak out of school. I knew thet from previous experience. This time, all I had to do was wait until Mrs. Higgins had let everyone onto the outdoor track and then slip behind the bleachers and walk down to the other opening in the chain-link fence."