Hoje é um daqueles dias que não tenho a mínima ideia de como começar esta resenha. E a culpa não é do livro, muito menos do tema lacerante, mas sim da gama de sentimentos que a final ele me provocou.
Sinto-me só, é um livro biográfico, escrito pelo jornalista Karl Taro Greenfeld, sobre sua vida e convivência da sua família com o seu irmão mais novo, Noah, um portador de Autismo severo.
Não é a primeira biografia neste estilo que leio, principalmente envolvendo Autismo, ou outras doenças relacionadas como a Síndrome de Asperger, mas devo admitir que este relato foi muito mais profundo e forte do que os outros, talvez pelo fato de não ser tratado com o humor leve presente nos demais, talvez pelo fato da severidade do caso, ou ainda a presença continua do histórico (diga-se de passagem fantástico) das correntes científicas de tratamento desta doença, que era novidade na década de 60, quando Noah nasceu.
O relato mistura memórias do jovem Karl com escritos dos diários mantidos pelo pai (também escritor e roteirista Hollywoodiano). São tantas palavras e passagens marcantes, retratos de rotina diária tão esgotante desta família nada ortodoxa. Karl e Noah são filhos de um judeu e uma imigrante japonesa, traços culturais mais do que notáveis na educação e na trajetória desta família.
São relatados os primeiros sintomas que foram notados, passando pela descoberta do autismo e algumas correntes ideológicas ligadas ao seu tratamento. E tenho que dizer é simplesmente chocante, tanto pelo fato de entender a frustação dos pais em relação a um filho que não tem pespectiva de falar (ou utilizar qualquer linguagem de comunicação), tanto pelo fato dos tratamentos ou culparem os pais pela doença ou utilizarem mals tratos físicos e psicológicos para praticamente "adestrarem" as crianças.
É comovente o relato delicado de Karl sobre os seus amigos imaginários, entre eles um Noah falante e rizonho, que passaram a aparecer desde o dia que Karl tomou conhecimento (aos 5 anos) de que seu irmão tinha um problema sério.
Você fica na expectativa, torcendo pelo desenvolvimento de Noah, desejando que ele consiga sair do mundo fechado e inexplorado que é a sua cabeça.
Chorei de alegria quando Noah consegue pronunciar sua primeira palavra, e mais ainda com o final pra lá de surpreendente (queria poder comentar sobre o final, mas novamente não seria justo com vocês, por isso, mas uma vez, silencio).
Uma história da batalha real contra o autismo, uma verdadeira lição de vida, de erros e de acertos, pelos olhos de uma família que desejava apenas uma interação com seu filho/irmão.
Uma ótima dica para quem ainda não escolheu o livro para o Desafio Literário.
Não é a primeira biografia neste estilo que leio, principalmente envolvendo Autismo, ou outras doenças relacionadas como a Síndrome de Asperger, mas devo admitir que este relato foi muito mais profundo e forte do que os outros, talvez pelo fato de não ser tratado com o humor leve presente nos demais, talvez pelo fato da severidade do caso, ou ainda a presença continua do histórico (diga-se de passagem fantástico) das correntes científicas de tratamento desta doença, que era novidade na década de 60, quando Noah nasceu.
O relato mistura memórias do jovem Karl com escritos dos diários mantidos pelo pai (também escritor e roteirista Hollywoodiano). São tantas palavras e passagens marcantes, retratos de rotina diária tão esgotante desta família nada ortodoxa. Karl e Noah são filhos de um judeu e uma imigrante japonesa, traços culturais mais do que notáveis na educação e na trajetória desta família.
São relatados os primeiros sintomas que foram notados, passando pela descoberta do autismo e algumas correntes ideológicas ligadas ao seu tratamento. E tenho que dizer é simplesmente chocante, tanto pelo fato de entender a frustação dos pais em relação a um filho que não tem pespectiva de falar (ou utilizar qualquer linguagem de comunicação), tanto pelo fato dos tratamentos ou culparem os pais pela doença ou utilizarem mals tratos físicos e psicológicos para praticamente "adestrarem" as crianças.
É comovente o relato delicado de Karl sobre os seus amigos imaginários, entre eles um Noah falante e rizonho, que passaram a aparecer desde o dia que Karl tomou conhecimento (aos 5 anos) de que seu irmão tinha um problema sério.
Você fica na expectativa, torcendo pelo desenvolvimento de Noah, desejando que ele consiga sair do mundo fechado e inexplorado que é a sua cabeça.
Chorei de alegria quando Noah consegue pronunciar sua primeira palavra, e mais ainda com o final pra lá de surpreendente (queria poder comentar sobre o final, mas novamente não seria justo com vocês, por isso, mas uma vez, silencio).
Uma história da batalha real contra o autismo, uma verdadeira lição de vida, de erros e de acertos, pelos olhos de uma família que desejava apenas uma interação com seu filho/irmão.
Uma ótima dica para quem ainda não escolheu o livro para o Desafio Literário.
Adorei sua resenha Jú! Imagino a lição de vida realmente que o livro deve passar! Fica aí uma excelente dica para o Desafio Literário!!!
ResponderExcluirValeu pela dica...
Beijinhos
Lili
juh, assim como você não soube como começar a resenha, não sei como começar o comentário. autismo para mim é um caso delicado: tive uma prima que tinha e por causa disso foi assassinada... foi muito triste. fiquei com muita vontade de ler o livro! ótima resenha, ótima mesmo!
ResponderExcluirParece excelente o livro. Gosto bastante desse estilo, mas como vc disse, sou mais acostumada às 'pitadinhas de humor" presentes neles. Beijo
ResponderExcluirExcelente dica mesmo para o desafio literário.
ResponderExcluirNossa, o livro deve ser por demais emocionante.
Adorei a resenha [3].
Ei Ju, so a resenha já foi de arrepiar, imagine o livro. Fiquei super curiosa sobre o final que vc não contou rs. bjo
ResponderExcluirNossa, fiquei chocaaaaaaaaaaaaaada!!!! Quero esse livro AGORA!!! Ai, vou atrás dele já!
ResponderExcluirbeijinhos!
Sua resenha ficou ótima! Deu até uma vontadezinha de ler o livro...
ResponderExcluirBeijo.
Ah parece ótemo! ;D Não é muito meu estilo, livros fúteis e vazios XD, mas parece sinceramente bom! ^-^ nunca conheci ngm que tivesse autismo, mas já li coisas sobre e é realmente um problem bem delicado. Tentarei ler!
ResponderExcluir;*
Realmente parece ser muito bom o livro...vai pra minha listinha ^^
ResponderExcluirBjus
Legal, Ju... parece ser bom, esse livro..! Fiquei com vontade de ler... :)
ResponderExcluirJá havia lido sobre esse livro e achei um tema bem triste..
ResponderExcluirJu, nossa como você descreveu bem o conteúdo desse livro tão tocante. Sou mãe do Gabriel, um garoto autista de 15 anos, e você não imagina como chorei ao ler esse livro. No final, então, chorei compulsivamente a ponto de não conseguir falar...Foi um golpe na alma. Ao mesmo tempo em que me encheu de esperança, tudo veio abaixo com o final.
ResponderExcluirUm beijo e feliz Natal!!!!
Juliana,
ResponderExcluirSua resenha está muito boa. Realmente, este livro surpreende. Sou pai de um rapazinho autista de 16 anos, passamos todos os dias pela mesma busca que os pais de Karl passaram. Imagina as emoções que senti quando cheguei às páginas finais do livro!
Mantive um blog, Canto de anjo, sobre meu filho, até que a Globo.com cortou meu acesso a ele. Também não achei justo expô-lo tanto - ainda mais que ouvimos dizer que há pessoas com ódio da gente porque nós questionamos charlatães que exploram os pais de autistas. Gente do porte de um "Doctor B".
Valeu a resenha!
Oie, comecei a ler esse livro hoje e estou gostando bastante.
ResponderExcluirBom saber que o livro continua forte e envolvente.
:D Mog
Todo o contexto me interessa muito, o lidar com o autismo nos anos 60, a superação, as vitórias, a questão social. Vou ler este livro, já marquei lá na lista dos que vou ler!
ResponderExcluirAdorei o BloG, e estou seguindo!
LI O LIVRO E ME COLOQUEI NO LUGAR DELES, POIS TENHO UM FILHO AUTISTA. CONFESSO QUE O LIVRO ME EMOCIONOU MUITO. POSSO DIZER QUE MINHA VIDA MUDOU APÓS A LEITURA DESSE LIVRO, POIS TINHA A ESPERANÇA DE VER MEU FILHO FALAR E, PELO JEITO, ESTÁ MUITO LONGE TAL FATO ACONTECER. DEIXEI DE FAZER MUITA COISA QUE EU GOSTO PARA NÃO ME EXPOR A RISCO DESNECESSÁRIO, POIS NÃO QUERO DEIXAR MEU FILHO EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS POIS SOFRERÁ MUITO. QUEM TIVER OPORTUNIDADE LEIA O LIVRO.
ResponderExcluirLI O LIVRO E ME COLOQUEI NO LUGAR DELES, POIS TENHO UM FILHO AUTISTA. CONFESSO QUE O LIVRO ME EMOCIONOU MUITO. POSSO DIZER QUE MINHA VIDA MUDOU APÓS A LEITURA DESSE LIVRO, POIS TINHA A ESPERANÇA DE VER MEU FILHO FALAR E, PELO JEITO, ESTÁ MUITO LONGE TAL FATO ACONTECER. DEIXEI DE FAZER MUITA COISA QUE EU GOSTO PARA NÃO ME EXPOR A RISCO DESNECESSÁRIO, POIS NÃO QUERO DEIXAR MEU FILHO EM INSTITUIÇÕES PÚBLICAS POIS SOFRERÁ MUITO. QUEM TIVER OPORTUNIDADE LEIA O LIVRO.
ResponderExcluirEu encontrei esse livro em uma banca de jornal e a capa me chamou atenção por demais. Quando li a sinopse e vi que era sobre autismo, comprei na hora e já devorei algumas páginas. Autismo e Asperger é o tema do meu TCC. Assuntos delicadíssimos. Espero desenvolver um bom trabalho e estimo força e coragem a todos os familiares que tem algum 'autista' ou 'asperger' por perto!
ResponderExcluirOie eu comecei a ler o livro mas não conseguirei terminar para fazer a resenha tem como falar pra mim o que acontece ? Principalmente no final Por favor preciso muito.. Bjos
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