sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Entrevista com Jennifer Solow

 Descobri os livros da Jennifer em uma das minhas visitas compulsivas ao site da Amazon. Além de autora de um chick lit adulto fantástico cuja personagem principal é cleptomaniaca e que foi campeão de vendas nos Estados Unidos (e pelo qual me apaixonei pela sinopse na primeira lida) ela acabou de lançar um livro voltado para adolescentes que simplesmente parece um charme, The Aristobrats, que vocês verão daqui algum tempo resenhando no blog.  A Jennifer foi uma querida e respondeu essas super perguntas para o lost, e como The Aristobrats foi lançado terça-feira (dia 07) estou aproveitando para falar um pouco sobre ele agora. Quem sabe não ajuda que eles sejam traduzidos para o português mais rápido?

Jennifer Solow trabalhou como publicitária por vinte anos, e depois de  ficar presa no centro de Manhattan na manha do 11 de setembro decidiu largar sua carreira e percorrer o sonho que vinha adiando há anos: ser escritora. Seu primeiro livro The Booster é um chick lit best seller que trata de uma doença bastante complicada, a cleptomania. E seu primeiro livro para adolescentes, The Aristobrats, foi lançado esta semana.



♥Julianna: Seu primeiro livro é um chick lit chamado The Booster sobre Jillian, uma shopaholic fashionista que tem um tipo diferente de vicio, roubar os itens que ela deseja das famosas lojas que frequenta. Como lidar com um assunto tão sério como cleptomania, de uma forma divertida?
Jennifer: Jillian começa a história sentindo que os objetos são mais importantes doque pessoas. Com a ajuda de um novo amigo, ela aprende que as pessoas são mais importantes que os objetos. Fui disfarçada com o FBI estudar “shoplifting rings” * e falei com vários de "cleptomaníacos". O assunto não é divertido, mas a história é infundida com um sentimento de assombro e magia de uma menina que ainda não não cresceu verdadeiramente. É um cartão postal de Manhattan, a minha cidade favorita no mundo.

* Um esporte secreto e underground em que as pessoas apostam em quais lojas elas conseguem roubar.

Julianna: Você me disse no e-mail que uma das personagens de The  Booster foi inspirada por um amiga brasileira sua. Fale sobre um pouco sobre isso (eu estou morrendo para saber qual é a personagem do mesmo modo que eu estou morrendo de vontade de ler o livro).
Jennifer:
Eu tinha um amiga brasileira chamada Claudia. Na América, nós pronunciamos este nome, de forma pesada: Clodd-ee-a. Minha amiga explicou que seu nome era pronunciado "Cloud IA" - como uma "cloud” (nuvem em inglês). A personagem de Claudia no livro foi inspirada pela adorável  pronúncia do seu nome.


Julianna: Seu primeiro livro é direcionado para mulheres adultas. No entanto, você agora escreveu um livro destinado a adolescentes. Porque a mudança? Você gostou  de escrever para o público jovem? Quais são as diferenças no processo de escrita?
Jennifer: 
Eu não vejo escrever para adultos e adolescentes  de forma diferente. Quando eu tenho um personagem principal, eu tento e retratá-la com honestidade,  tenha ela 30 ou 13. O que é especialmente divertido sobre a escrita para adolescentes é que as apostas são sempre tão altas. Ter um mau corte de cabelo pode realmente parecer que arruinou sua vida. As experiências são intensificadas.
Também tenho uma filha, Tallulah, que é aproximadamente da mesma idade da minha personagem principal assim foi um processo divertido. Eu comecei a trabalhar com ela e receber o seu feedback.


Julianna: Qual é a sua rotina diária de escrever?
Jennifer:
O processo é o mesmo - a cada dia eu preciso entrar na cabeça dos meus personagens e passear.  Enquanto eu escrevia  este livro, eu começava meu dia no Starbucks, onde todos os alunos iam antes da escola. Na Starbucks, eu lembro-me  de como eu me sentia nessa idade e eu posso me colocar em seus lugares. Os adultos têm uma imagem muito diferente do que os adolescentes são e como eles realmente se parecem.

Julianna: Fale um pouco sobre The Aristobrats, seu novo livro que sai agora em setembro.
Jennifer:
THE ARISTOBRATS, é sobre quatro melhores amigas, Parker, Plum, Ikea e Kiki, que finalmente conquistaram o seu lugar de direito no topo da popularidade em Wallingford Academy, só para ter tudo tirado por super-horrível trabalho de escola.
Eu queria que o livro seja o tipo de livro anti-Clique. meninas Popular,es sim, mas amigas leais, incrivelmente corajosas e inteligentes e ... Olá !?... agradáveis.
Out: Mean. In: Nice (Garotas más são tão last season)
(Top Secret: as quatro amigas foram inspiradas pelas quatra personagens em Sex and the City. Talvez você possa adivinhar quem é quem)


Julianna: Eu li no seu perfil que você decidiu se tornar um escritora depois de passar a manhã de 11 de setembro no coração de Manhattan. Como foi essa experiência para você?
Jennifer:
Eu estava trabalhando em uma agência de publicidade em San Francisco. Havia voado para Nova York e estava sentada em uma reunião de negócios no centro de Manhattan na manhã de 11/09. Eu sempre inventei desculpas por que eu não escrevia: Eu vou esperar até que eu tenha um escritório na minha casa. Eu vou esperar até as crianças estarem mais velhas. Vou esperar até eu me aposentar. Até o final do dia, nas cinzas do World Trade Center, eu realmente entendi porque eu não poderia esperar para fazer na minha vida tudo que eu imaginava que poderia fazer. Em menos de um mês, eu havia deixado meu trabalho (e meu salário) para trás aos trinta e sete anos, e me matriculei  na minha primeira aula para escritores. Uma tarefa que começou em classe  se tornou um bestseller nacional.


Julianna:  Qual é a sua rotina diária de escrever?
Jennifer:
Depois que eu conseguir  deixar meus filhos prontos e deixá-los na escola, eu  me exercito todos os dias - isso ajuda a deixar a minha mente limpa  para o trabalho (e impede a minha bunda de ficar muito grande!). Eu costumo escrever em dois lugares diferentes a cada dia. Eu trabalho na minha escrita do escritório, no café, na minha biblioteca local, na minha casa - e ainda sentada no carro à espera de pegar meus filhos na escola. Eu tento escrever um determinado número de palavras por dia (geralmente cerca de 1.000), mas às vezes a tarefa não é tão facilmente quantificável - como quando eu faço um esboço. Eu luto contra a minha tendência para procrastinar o tempo todo. Eu tenho que ter regras para mim sobre como responder e-mail e utilizar o Facebook.


Julianna:  Qual dos seus personagens é mais como você? Você inspirou-se intencionalmente, ou foi algo que aconteceu naturalmente?
Jennifer:
As pessoas muitas vezes tentam comparar os personagens principais dos meus livros comigo, mas há um pouco de mim em todos eles ... mesmo nas más. Meus familiares e amigos, muitas vezes, acham que eles inspiraram um personagem em particular, quando na verdade, isso nunca tinha me ocorrido. Normalmente, eu apenas concordo e deixo por isso mesmo.

Julianna: Qual dos seus livros que você gostaria de ver traduzido em Português?
Jennifer:
The Booster e The Aristobrats, ambos seriam otimos. Eu trabalhei muito duro com o tradutor italiano para a versão em italiano de The Booster, "La Ladra Romanza" - as diferenças culturais e sutilezas são difíceis de traduzir. Ajuda ter alguém com um forte senso de ambas as línguas e culturas.

Julianna: Você gostaria de visitar o Brasil? Se assim for, diga-nos o lugar que você mais gostaria de conhecer? Que mensagem você deixaria para os leitores brasileiros?
Jennifer:
É claro que eu gostaria de vir para o Brasil. Eu quero ir à praia e usar um biquíni ridiculamente pequeno, e eu quero comprar jeans. Não há melhor jeans do mundo!
Obrigada Jennifer!

Para saber mais sobre a autora:
 Site Oficial - Facebook- Twitter- Booktrailer  - Quizz

Livros:














Espero que vocês tenham gostado. Não seria o máximo ver esses livros no Brasil?


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12 comentários:

  1. Eu não conhecia a Jennifer Solow e nem as suas obras! Mas fiquei super curiosa!
    E esse negócio de estar presa em Manhattan em pleno dia 11/09? Deve ter sido horrível! E o duro é que muitas vezes, na vida de todos nós, é esse tipo de situação que nos faz escolher o melhor caminho para as nossas vidas...

    Parabéns pela entrevista! A Jennifer é simpática, né?
    Beeijo! ;3

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  2. Julianna, feia( por isso que vc estava tão ocupada!)

    Amiga, eu já tinha ouvido falar nesse livro no livro das 4 meninas, mas depois dessa entrevista eu fiquei muito empolgada. Caracas!! Ela depois de um fato ( terrível) resolveu mudar a vida dela completamente né?
    Que coragem, largar o emprego( querendo ou não é sua renda!!!) e se dedicar só a escrita. Amiga, meus parabéns pela entrevista a autora é linda de morrer. adorei^^

    Pirua!

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  3. Ameii!
    Não conhecia a autora mas gostei mto ^^

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  4. Ia ser mara se viesse pro Brasil, ainda mais com essas capas lindas!
    Beijos!

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  5. Muito boa a entrevista!
    Não conhecia essa escritora nem tinha ouvido falar dos seus livros, mas já gostei! (é, sou facinha assim...rss)
    Bjos

    PS: Não me entra na cabeça como pessoas podem dar a suas filhas o nome de Tallulah...

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  6. Thank you, Brazil!! I would love to visit Brazil!

    Kisses to you!
    Jennifer Solow

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  7. Nossa, adorei! Não conhecia nem a autora nem os livros e adorei o porque de como ela decidiu começar a escrever. Tomara que lance aqui, fiquei curiosa!

    Aliás, ótima entrevista, Ju. Parabéns!

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  8. Adorei! Não conhecia a autora nem os livros e espero que chegue aqui, porque fiquei curiosa.

    Entrevista mara, Ju!

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  9. SUPER adorei a entrevista! *-*
    Tomara que essa divulgação e nossos comentários ansiosos ajudem para que sejam logo publicados por aqui \o/

    Parabéns! Adorei, outra vez :P

    :*
    Juh Oliveto
    Livros & Bolinhos ~

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  10. Muito boa entrevistaa! Amei!
    E amei as histórias dos livros dela! Quero muito eles traduzidos! ^^ hahah

    Beijos,
    Gabi - Está Inspirada

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  11. Ah com certeza seria o máximo ver esses livros em português.
    Adorei a autora, não conhecia, mas já passei a admirá-la.
    Obrigada por nos apresentar.
    Bjks!

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