quarta-feira, 7 de março de 2012

As histórias de amor que nunca alcançamos

 Internacional Reading
Coluna de Crônicas sobre o cotidiano, romance, literatura e universo feminino. Postagens quinzenais com o autor Celso Faria, além de participações especiais.
Não deixe de ler as outras postagens da coluna. Clique aqui!

Helo Girls! Venho hoje apresentar uma nova seção do Lost ( que planejamos há quase um ano) uma coluna quinzenal com crônicas sobre a vida, livros e claro muito romance. Ela vai ser comandada pelo fofo do Celso Faria, autor do Lad Lit Os vipirisados, que já resenhei aqui. Espero que vocês gostem! Quem saiba eu me arrisque a vir contar minhas histórias a lá Sex and The City aqui para vocês (my wish! huauah).  E como só passei aqui para apresentar, fiquem com o texto de abertura...
Julianna Steffens
Gosto sempre de passar e dar minhas sapeadas nas conversas, principalmente no mundo dos comentários do Lost in Chick Lit. E quando propus um espaço para falar com vocês, fiquei pensando, por onde começar. O que desejam estas mulheres (e alguns homens) que frequentam esse espaço? E pra começar que tal falar de romances? Afinal, quando escrevo uma história, meu ponto de partida é um personagem verossímil e um bom romance. E quem gosta de chick lit busca boas histórias de amor, certo?! Olha ai, então, minha proposta é falar de romances.

 Fui criado acreditando nas histórias de amor, aliás me lembro quando compramos o nosso primeiro vídeo cassete – e eles custavam uma fortuna – minha mãe e duas irmãs passaram dias e dias vendo e revendo Sissi, a Imperatriz. Dependendo da sua idade, você nem sabe o que é isso. Mas era puro romance. Com todos aqueles clichês: amor à primeira vista, sofrimento até as últimas cenas, final feliz e uma música alta, com o beijo e abraço final, junto com o “The End”. Ficava encabulado como elas gostavam do filme e sempre tinha uma continuação, talvez uma Sissi no Inverno de Paris, que estava perdido no fundo da prateleira da locadora. Para piorar – ou melhorar -, uma dessas irmãs era leitora assídua das séries Júlia e qualquer coisa que viesse nesse rumo. Se também não sabem o que é, são romances vendidos em banca de revista, puro água com açúcar. Juro que me assustei quando li um deles e me dei de frente com uma cena de sexo. Acho que a mistura sexo animal e romance faziam as leitoras serem assíduas. Eu sempre preferi Agatha Christie e Sidney Sheldon e aproveitei bastante da biblioteca da escola pública onde fiz Ensino Médio. Li de tudo e adorei aqueles sugeridos pela professora de literatura, por exemplo, os chamados da Escola Romântica Brasileira. “Moreninha” é meu preferido! Dias atrás andava conversado sobre isso com a terapeuta. Acho que sou um romântico, quase do tipo que manda flores. Sabe como é?

Para minha surpresa, descobri que são lindos os romances, mas corremos um perigo: idealizar demais. Temos que esquecer que essa história de que toda panela tem sua tampa é pura bobagem. Aqui em casa alguns dias que cozinho, não acho a tampa no armário. Vai qualquer outra. E se precisar de algum calço, vai lá. Claro que se for muito diferente, não serve... Se na vida prática é assim, porque no amor a gente é tão rígido?

A idealização nos coloca diante de um amor impossível e de um indivíduo que nunca vai existir, certo? E ando cansado quando meus amigos e amigas, que vivem reclamando que não acham ninguém, conhecem alguém e em menos de quinze dias lá vêm os defeitos. Que tal um calço? Pra dizer a verdade, alguns criam um sistema tão rígido que é difícil alguém de verdade caber nele.

Não quero dizer que precisamos viver por um amor qualquer, sem nenhuma identificação, mas quando ninguém parece agradar, que tal acender as luzes de emergência e olhar para dentro de si? E o que fazemos com os romances? Continuemos lendo. Talvez eles nos mostrem como encontrar o calço certo. Também existem para nos fazer suspirar e procurar, nas nossas relações, a dignidade e o amor de verdade.

Temos uma tarefa urgente diante do amor, buscá-lo sempre. Não gosto daquela história do Vinícius de Moraes de que seja eterno enquanto dura. Afinal, só mesmo um grande poeta para escrever sobre isso, quem melhor no mundo sabe idealizar o amor? Por isso, nós que estamos no mundo real, devemos ler os poetas e grandes escritores e nos inspirar, sem que isso nos distancie de um grande amor ou nos faça sonhar por algo que não existe.

Até daqui quinze dias!

6 comentários:

  1. Adorei essa coluna, e concordo que nem toda panela tem a sua tampa. Eu tenho a minha tampa torta. Bjos.

    ResponderExcluir
  2. Adorei a crônica, agora entendo porque não encontrei minha tampa, vou procurar meu calço mesmo rssr...Bjs.

    ResponderExcluir
  3. Es ai uma grande verdade nós queremos o perfeito o idealizado, e mão existe essa pessoa perfeita pois somos humanos e os humanos não são perfeitos- feliz de saber que meu EX-PROFI está nessa coluna \o/ vai ser tudo de bom :]

    ResponderExcluir
  4. Achei ótima a ideia da coluna :D A escolha do tema também. Curiosa para a próxima.
    Beijos!

    ResponderExcluir
  5. Adorei a coluna *---* e você está certíssimo Celso, temos que parar de idealizar um amor perfeito e viver com o amor que nós temos...rsrs'.

    Beijos,

    Cantinho de uma garota
    @thalita0liveira

    ResponderExcluir
  6. Adorei a coluna e é verdade,os romances são lindos mas nem todo mundo vive um grande amor,e para algumas panelas é melhor ficar sem tampa mesmo,do que ficar com uma que não lhe cabe.

    http://variedadesdecoisasparagarotas.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir

Um lugar para se discutir sobre a literatura conhecida como Chick–Lit. Romances, leves, divertidos e charmosos, que são o retrato da mulher moderna,inteligente e audaciosa. Resenhas e entrevistas exclusivas!


Regras
- Comentários Anônimos não serão publicados nem respondidos.
- Não faça propaganda de blogs/sites nos comentários.
- Não peça parcerias pelos comentários, use o Formulário.
- Comentários ofensivos e preconceituosos não serão aceitos.
- Respostas sempre nos próprios comentários.

Os comentários dos leitores não refletem a opinião da autora do blog, e são de responsabilidade exclusiva dos mesmos.