As esganadas
Editora: Companhia das Letras
Autor: Jô Soares
Páginas: 264
ISBN: 9788535919752
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Cultura | Submarino
Sou fã de longa data do Jô.Ainda me recordo de quando assistia do corredor - escondidinha - 'Viva o gordo'. Era criança e estudava cedo.
Morava em São Paulo e para pegar a aula das sete, acordava as cinco da matina.. ohhh nostalgia!
Enfim, esse é o terceiro livro que leio desse autor. Passou por mim: "O xangô de Baker Street" e "O homem que matou Getúlio Vargas".Sempre no mesmo estilo, romances policiais recheados de tiradas engraçadas. Em "As esganadas" não podia ser diferente.
Já no início do livro, somos apresentados a um perigoso e excêntrico assassino: Caronte.Caronte é dono da mais prestigiada funerária do Rio de Janeiro da década de 30 - A esfinge.Sujeito acima de qualquer suspeita que esconde um passado nebuloso.Após anos de um relacionamento conturbado e abusivo com sua mãe, enfim, Caronte dá cabo da gorda portuguesa.
Desde então, caça sistematicamente sua mãe nas gordas que selecionada pela cidade. Método de morte?
As entope de comida portuguesa, usando as receitas da falecida matriarca.
Sua emboscada é realizada com a sedução do paladar, armando barracas de degustação de doces finos, ele atrai sua presa.
As mortes são violentas. Literalmente, entope uma a uma das gordas que sequestra com comida e sempre arranca seus olhos.
Situando-se na provinciana cidade do Rio de 1938, tais acontecimentos provocam comoção, revolta e pânico na população.
Buscando solucionar o mistério 'das esganadas', o delegado Noronha e seu ingênuo auxiliar Calixto contarão com a ajuda inusitada de um perspicaz ex-detetive português, Tobias, e da sedutora repórter Diana.
Para desenvolver essa história, Jô fez uma caprichada pesquisa sobre o Rio de Janeiro desse período, sobre a anatomia e patologia humana e sobre a culinária portuguesa.
Momentos eu me apetecia com os pratos portugueses e logo em seguida me horrorizava com o destino deles. Durante minha formação, tive um professor maravilhoso de psicanálise que dizia que Jô Soares dominava a arte da felicidade por transformar tragédias em humor. Esse livro é um excelente exemplo disso.
Jô nos apresenta cada vítima e juro que torci por cada uma para que não tivessem o mesmo destino. Já sobre o quarteto investigativo, me apaixonei por todos!
Porém, guardei um carinho mais efusivo por Calixto, em sua imensa falta de cultura e discernimento, e por Estevez, que encontra-se no outro extremo, ponderando e raciocinando agilmente, sem denotar arrogância perante a incompetência de seus companheiros de labuta.
Com uma história simples e bem amarrada, Jô, novamente, nos cativa e apesar de ter achado o inicio enfadonho, ao terminar a leitura, me senti órfã.
Eu AMEI esse livro. Foi o meu primeiro do Jõ. E lendo essa resenha com esse seu jeito maravilhoso de escrever me fez lembrar o quão órfão eu fiquei quando terminei esse livro.
ResponderExcluirBeijos
Somos os órfãos do Jô! o/
ExcluirObrigada, Gustavo!
Denise, adorei sua resenha!
ResponderExcluirEstava em duvida se lia ou não este livro e adoro o Jô, e o primeiro livro que li dele (e que adorei) foi "O Homem que Matou Getúlio Vargas". Adorei!
Beijos :*
@mariaclarabruno
www.coffeesandbooks.com
Obrigada, Mariana! *-*
ExcluirÉ... eu, pelo contrário, achei o livro bem fraco.Acho que o único livro bom do Jô foi o primeiro, o resto ele não segura a história, ou melhor, o enredo é mais uma desculpa para ele apresentar a pesquisa que fez. Fico que feliz que alguém gostou, por isso vendeu muito. Boa Páscoa, galera!
ResponderExcluirA beleza está na diversidade de opinião, correto?
ExcluirA unanimidade é burra e não gera crescimento.
Mas creio que as boas vendas vão além da qualidade da obra, indo pela boa propaganda e pela fama do autor que transcende a escrita.
Denise, parece destino, peguei hoje esse livro emprestado com o meu professor. Achei interessante o "foco" em gordinhas e por ser do Jô, claro. Acho o tipo de humor dele muito interessante. Adorei a sua resenha, e vou procurar ler o livro o mais rápido possível, porque pelo visto, vale a pena!
ResponderExcluirJustamente!!!
ExcluirSendo Jô a falar de gordinhas, mesmo fazendo piadas, não se torna ofensivo e preconceituoso, ele tem 'aval' por ser da raça!
kkkkk
Leia, não vais te arrepender!
Ah, sou muito burrinha mesmo: pensei que fosse um livro de piadas e só, muito mas muito idiota da minha parte... nunca li nada do Jô, mas agora acrestei esse na minha lista. Gosto dele como apresentador, acho que ele tem boas tiradas e espero gostar dele quando poder ler o seu livro! :)
ResponderExcluirBeijokas,
Gislaine
{Atualizado: http://jeito-inedito.blogspot.com}
Ah, seguindo aqui!! ;)
Seja bem vinda, Gislaine!
ExcluirLeia Jô sim, difícil não gostar.
ótimo livro! adorei
ResponderExcluirNão li esse livro ainda, mas já li "Assassinatos na Academia Brasileira de Letras" e "O Homem que matou Getúlio Vargas". Amei o estilo literário dele, de unir dois ou mais distintos estilos literários. Os livros do Jô nunca são só de comédia, ou nunca são só de suspense. O Jô tem esse costume maravilhoso de misturar tudo e de nos proporcionar uma leitura maravilhosa.
ResponderExcluirEsse livro é muito legal! Li e gostei muito da história.
ResponderExcluirParabéns pela resenha Denise
:)
Parabéns pela resenha Denise, eu tbm li o livro e adorei!
ResponderExcluirhttp://oacucareiro.wordpress.com/