Be My Guest : Família de Barbara Delisky por Denise Ayres

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O Be My Guest é mais uma coluna que estava meio sumida, eu sei! [2]Mas vocês sabem que minha vida esse ano está (para não dizer outra coisa) caotica. Então, ela retorna com uma convidada mais do que especial, a Denise, minha amiga, psicologa, companheira de loucuras literárias (e não literárias), vizinha, confidente e por ai vai. Uma vez falei pra ela que ela era "a melhor amiga que o google poderia encontrar" mas nem vou repetir porque né, não quero fazer ela chorar -hehehe. Mas essa é a pura verdade minha gente! Se não fosse pelo salve-salve Santo Google eu não conheceria essa garota que mora há menos de uma quadra da minha casa, que gosta das mesmas coisas que eu, que adora virar a noite falando de um livro -ou de varios, que está sempre - ou quase sempre- pronta pra qualquer programa podendo ser dormir  no sofá na ultima cena de  Seven - os sete pecados capitais (e em Eclipse, mas deixa quieto) numa noite qualquer de sexta-feira quanto sair para uma balada que não é e nem será  a cara de nenhuma das duas. Ela realmente me ajudou tanto a sair do meu bad place particular que deixou todo mundo com ciúmes, desde amigas, pai, irmã..  e nem vou comentar da minha mãe porque essa vive enciumada. Sabe aqueles amigos que parece que você conhece a sua vida inteira?  Diga que não somos sortudas!
Então hoje a dona Dê vai resenhar Familia da Barbara Delinky, que eu gentilmente dei de presente pra ela e convoquei -vulgo praticamente forcei/obriguei- a participar dessa seção. E  ela como é parceira cedeu as minhas ameaças.

Nome: Denise Ayres
Idade: 34

Cidade: Florianópolis

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Família - Family Tree - Barbara Delisky

• Editora: Bertrand Brasil
• Autor: BARBARA DELINSKY
• ISBN: 9788528614886
• Ano: 2011
• Edição: 1
• Número de páginas: 350

Conheci Bárbara Delisnky através de um livro de banca publicado pela Harlequim, que já resenhei, chamado "A Aventura".

Depois desse, li mais quatro livros dessa autora, sempre romances cheios de clichês e previsíveis, porém muito leves, despretensiosos e divertidos.

Quando a Julianna me convidou a ler e resenhar Família, além de honrada com o convite e a confiança, fiquei muito feliz em conhecer mais uma obra dela.

Bárbara publicou dezenas de livros desde a década de 80, é formada em psicologia, com mestrado em sociologia e enfrentou uma luta contra o câncer de mama.

Achei que já conhecia o estilo e ritmo de narrativa de Bárbara e posso afirmar que tive uma deliciosa surpresa.

Em Família, acompanhamos Dana Clark vivendo um dos mais emocionantes e esperados momentos de sua vida, o nascimento de seu primeiro bebê.

Essa criança celebra todo amor que existe entre Dana e Hugh.

Após um longo trabalho de parto, o mundo conhece a pequena Elizabeth.

Mesmo envoltos de toda emoção, há algo muito surpreendente em Elizabeth ou Lizzie, sua cor.

A pequeninha nasceu com uma cor de bronze e com cabelos cacheadinhos.

Não seria problema. 

No entanto, tanto Dana quanto Hugh são bem brancos.

Hugh é de uma família bastante tradicional do sul dos Estados Unidos, orgulhosos de terem plenos conhecimentos de sua árvore genealógica. O pai de Hugh, Eaton,   é um importante historiador e está publicando um livro mostrando a construção de uma árvore genealógia, isto é, estudou exaustivamente a sua própria. 

Dana, órfã de mãe aos cinco anos e criada pela avó, não conhece seu pai. Sua mãe engravidou durante a faculdade e omitiu a criança do ex-namorado obsessivo.

Não tardou para que especulações sobre a paternidade da pequena Lizzie surgissem. 

Surpreendentemente, Hugh, advogado das minorias, mostra-se relutante em apresentar sua rebenta ao mundo e seu vizinho (e amigo negro) passa a ser alvo de suspeita.

Não suportando a pressão, Hugh submete sua esposa e filha a um teste de paternidade. 

Teste, esse, que põe em risco seu casamento, amor, a confiança e a lealdade existente entre eles.

O casamento de Dana e Hugh não foi comemorado pela família do noivo. 

Sendo eles aristocratas, tradicionais e ricos, o ato de "rebeldia" de Hugh foi visto de forma crítica.

Casar-se com uma moça pobre e sem tradição familiar?? Foge muito dos valores "dos Clark".

Dana se vê obrigada a buscar suas raízes, seu pai.

Realmente o nascimento da pequena Lizzie trás a tona vários segredos meticulosamente guardados, guardados por várias gerações e qual a família não os tem?

Além de suas origens, Dana e Hugh estão muito preocupados com o que o futuro reserva a Lizzie.

O preconceito racial ainda hoje é muito acentuado, principalmente no sul dos EUA.

Só o nascimento de Lizzie e a possibilidade de uma origem negra em Dana já a faz perder duas grandes oportunidades de negócios.

Preconceito racial, origens, segredos familiares, re-descobertas e amor sendo testado ao limite...

É isso que encontraremos nessa sensível obra.

Bárbara nos mostra uma realidade nua da experiência do racismo, onde o julgamento está, literalmente, a flor da pele.

O livro é tenso, cheio de mistérios, muito bem trabalhado.

A narrativa é muito bem estruturada e rápida.

Percebe-se que a autora fez uma extensa pesquisa sobre genealogia e sobre advocacia.

Concluímos que realmente somos o que fazemos do que fizeram de nós.

Confuso? Isso é Sartre, Jean Paul Sartre.

Há tempos não lia algo tão sartriano e acredito que raras pessoas não gostarão desse livro emocionante.

 Até eu fiquei curiosa pra ler o livro, mas agora tenho que entrar na fila!!!

E...

Como quase nunca posto uma fotos minhas aqui, mas acho que hoje é impossivel não abrir uma exceção. Apesar da vergonhazinha, tá ai uma foto minha e da Dona Denise.  

Alias não deixem de visitar o My Book is..   tem uma resenha fodonica de Em Chamas saida do forno!