Desde que iniciei (e terminei) a série
Vampire Academy no final de dezembro virei fã de carteirinha da autora
Richelle Mead. E apesar de ainda estar devendo as resenhas da melhor série de vampiros que já li (uma vergonha eu sei, mas esse mês elas saem) aqui no Lost, todos os seus livros voaram para o topo da minha pilha de leituras. Entre eles
A Canção do Súcubo, o primeiro livro da série de Georgina Kincaid, lançado pela
Editora Planeta, e que ganhei naquela brincadeira de
amigo secreto realizada por eles no Natal.
Georgina Kincaid é uma súcubo, um ser mitológico metamórfico e imortal que se alimenta da energia sexual de mortais. De dia trabalha como subgerente de uma livraria, de noite é uma mulher poderosa que pode ter todos os homens que quiser ao seus pés. No entanto, Georgina tem uma regra básica, ela só se alimenta de homens de moral duvidosa, isso porque um único beijo seu em um homem "decente" é capaz de matá-lo ou deixá-lo inconsciente por dias. O que depois de séculos de solidão prova ser uma verdadeira droga, principalmente agora que ela conheceu seu escritor favorito de todos os tempos, o esquisitão e simpático, Seth Mortensen.
Para piorar a situação, existe um assassino a solta em Seattle, e Georgina e seus amigos ( Hugh, o duende, Peter e Cody, os vampiros) aparecem no topo da lista como prováveis vitimas. A coisa está tão feia, que seu chefe, o demônio Jerome ( que é a cara do John Cusak, para deixar registrado) e seu amigo, Carter, um anjo que adora implicar com Georgina, estão preocupados e escondendo informações sobre o assassino. O que não deixa nossa súcubo nada feliz.
Janeiro não foi um bom mês para mim, e como já comentei isso influenciou muito na minha concentração e principalmente nas leituras. Estou com diversos livros lidos parcialmente em minha mesa de cabeceira e com os quais não consigo me conectar, muito menos me empolgar para terminá-los. Mas com A Canção do Súcubo foi completamente o oposto. Peguei-o para ler uma tarde dessas logo depois do almoço, numa tentativa desesperada de me empolgar novamente com algum livro, e decidida de que se a Richelle (e seus personagens maravilhosos ... ai Dimitri!) não conseguisse ninguém mais conseguiria. E Bam! Fui fisgada novamente, e quando me dei por conta já eram seis horas da tarde e não havia levantado do sofá uma vez se quer antes de terminar o livro.
Isso particularmente não foi uma grande surpresa, porque convenhamos quem escreve uma série simplesmente perfeita como Vampire Academy, mesmo que A Canção do Súcubo fosse o seu livro mais fraco (o que está longe de ser, fica registrado), ele ainda estaria acima da média da maioria dos livros de fantasia disponíveis no mercado. Então, por maior que fosse minha expectativa com esta nova série, nem de longe esperava que iria me apaixonar assim logo de cara.
Georgina é uma protagonista fanstástica, forte, decidida e irônica do jeito que eu gosto. Mas o melhor de tudo isso é que ela também tem o seu lado delicado, romântico e sonhador. E é esse tipo de coisa que fazem os personagens saírem do papel e tomarem vida, principalmente num mercado repleto de personagens superficiais e unilaterais. Eu já era fã de carteirinha da Rose, e pensei que nenhuma protagonista poderia chegar aos seus pés (talvez apenas a Katniss de Jogos Vorazes), mas estava enganada, Georgina Kincaid é (desculpa o uso da expressão) fodonica. Tem todas as características que aprecio em uma heroína chicklitiana aliadas ao charme sobrenatural.
O autor Seth Mortensen é outro achado a parte. Seus livros policiais, estrelados pela dupla Cady e O'Neill, são repletos de suspense e humor acido. No entanto seu criador parece não ter as mesmas habilidades sociais que seus protagonistas, principalmente quando se trata de conversar com a glamurosa fã n°1 Georgina Kincaid. Cada cena dos dois juntos é simplesmente hilária, principalmente porque você se sente envergonhado por eles, sabe? Isso sem contar a fofura que é a troca de emails entre os dois. isso porque Seth só consegue ser irônico e sexy como em seus livros na palavra escrita, pelo menos a principio.
Mas tenho que admitir, que por mais que Seth seja fofo, o melhor personagem masculino do livro é Carter, o anjo desleixado e que sempre tem uma piadinha na ponta da língua pronta para pegar no pé de Georgina. Serio, Carter é paixão a primeira vista. E se pudermos compará-lo aos personagens de Vampire Academy, ele simplesmente é uma versão ao avesso do meu adorado Adrian.
Enfim,
A Canção do Súcubo é simplesmente um inicio de série maravilhoso, e a Richelle (que anunciou hoje no
twitter que está gravida, Parabéns Richelle!!) uma das melhores autoras que descobri nos últimos anos. Todos os dias me bate a raiva do porque demorei tanto para ler seus livros! Definitivamente já virei fã de carteirinha.
A Canção do Súcubo é um livro perfeito para quem procura um livro sobre fantasia, repleto de humor e suspense, e com uma narrativa que te faz virar uma pagina atrás da outra.
O melhor de tudo? A sequência
"O Poder do Súcubo" já está saindo do forno, e se você ficar tão fissurada como eu jajá vai poder ir correndo nas livrarias pegar o exemplar do segundo livro da série. Olha que lindona a capa que foi revelada essa semana pela
Editora Planeta.
Eu quero muito e vocês?