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sexta-feira, 30 de abril de 2010

O diário de Bridget Jones de Helen Fielding

Há algum tempo venho desejando resgatar e resenhar todos os chick lits que  li num período pré-Lost, mas depois  do trabalho desta semana em que  finalmente  consegui organizar e adaptar os subgêneros deste estilo que tanto amo simplesmente decidi que isso tem que ser para ontem. Coloquei na minha cabeça que até o final de 2010 quero ter todos os chick lits já publicados aqui no Brasil lidos e resenhados, e para isso  terei que resgatar todos os 50 e tantos que tenho aqui em casa  e mais uma outra lista dos que  ainda não li ( Sim eu tenho uma lista de -quase- todos os chick lits publicados aqui, mas não está digitada, uma hora eu  faço isso e disponibilizo).   Será um trabalho digno de Hércules, eu sei! Mas assim que tiver finalizado poderei  ficar  focada nos lançamentos  nacionais, e nas leituras internacionais visando trazer sempre aquele nome novo para o mundinho chicklitiano brasileiro. 

E nada mais justo  do que começar  esta jornada  com  o livro responsável pelo boom do chick lit no mercado mundial:  O Diário de Bridget Jones de Helen Fielding.
Bridget Jones não foi apenas minha primeira incursão neste gênero literário,  para os especialistas , foi  o livro responsável pela a explosão da primeira  leva de livros do estilo leve e divertido voltado para o  publico feminino. Como  pode ser visto atualmente, esse fenômeno iniciado  na capital inglesa  correu o mundo, ultrapassou a barreira das páginas dos livros, e veio para ficar.  Eu ainda não sei como levou tanto tempo para autores do mundo todo pensarem: - Poxa, as comédias românticas ( em inglês Chick Flick) do cinema  fazem tanto sucesso, porque não fazer um livro no mesmo estilo?

  Quatorze anos se passaram desde o lançamento do livro,  e nove desde o lançamento do filme estrelado por Renée Zellweger, Colin Firth e Hugh Grant, mas a "fofinha" destrambelhada veio para ficar.   Bridget Jones rompeu  barreiras e definitivamente deu voz a mulher moderna, cansada dos estereótipos  impostos pela mídia,  do machismo, da rotina tripla, dos problemas amorosos...

  Ainda me sinto culpada por ter demorado tanto tempo para fazer essa resenha, afinal depois de tanto tempo o diário amalucado da Bridget continua  sendo o meu chick lit  favorito. E mesmo depois de  dez anos toda vez que eu sento para fazer  uma releitura (o que faço no mínimo uma vez por ano) parece que  o estou lendo pela primeira vez. Como um livro que sei diversas passagens de cor e salteado ainda consegue me fazer sorrir- pensar- animar exatamente nas mesmas partes? 

 Acho impossível que vocês nunca tenham ouvido falar do livro (ou do filme), mas mesmo assim  vou comentar um pouquinho da história:
Bridget Jones,  balzaquiana londrina  se encontra num emprego estagnado,  acima do peso  e  com uma paixão platônica pelo chefe charmoso e galinha- Daniel Cleaver. Não bastando tudo isso,  ela já não aguenta mais a pressão dos familiares e amigos para que finalmente encontre  um marido. Além da coação psicológica  ela fica sendo jogada para diversos pretendentes da forma mais constrangedora  possível, entre eles o famoso advogado Mark (me abana) Darcy.  Suas peripécias em forma de  diário relatam sua rotina amalucada em busca da tão falada felicidade, sempre regados a uma quantidade nada adequada de vinho.

Lembro que quando ouvi falar  do livro, eu e minha irmã juntamos  as moedinhas para comprá-lo junto com  um Harry Potter. E alguns anos mais tarde depois do filme ter estourado, quase tive um treco do coração quando "perdi" minha primeira cópia do livro, que foi emprestada e nunca devolvida ( a "amiga" sumiu, se mudou e levou o meu livro junto)  sendo responsável por uma das minhas maiores psicoses e paranóias: Nunca empresto meus livros ( que mais tarde se alastrou  para os DVDs também).  Não adianta pedir ou implorar!

 Bridget Jones é hilário, irônico e inesquecível. Foi o primeiro livro que abriu meus olhos para a independência ( eu tinha 14 anos gals), e me fez perceber que ter um amigo gay  para se consolar é  um item de primeira necessidade.  As esquisitices e paranoias de Bridget são universais  e  para qualquer idade.
Quem nunca ficou paranóica por causa dos pneuzinhos ( nem que eles estejam apenas na sua cabeça)? Ou  travou uma verdadeira batalha para escolher uma  roupa  e se preparar para um encontro? Quem nunca teve uma paixão platônica impossível e que se sentiu  feliz com mínimos flertes? Quem nunca odiou alguém com todas as forças, e depois percebeu que não era exatamente ódio o que estava sentindo?
Se você nunca passou por isso, larga os livros agora, sai da frente do pc e vai viver um pouco, sério! Tá perdendo as melhores coisas da vida, e infelizmente um bom livro ainda não pode suprir esse tipo de experiência.
Poderia ficar falando por horas, mas O Diário de Bridget Jones  é  um daqueles livros pra  se ler não ficar falando sobre. Simplesmente uma leitura obrigatória para todas aquelas que alegam gostar de chick lit. 
Leia o livro +  veja o filme = se apaixone e se divirta na certa.

Ps: Um dos raros casos que a capa brasileira bate de mil a zero a original!


quinta-feira, 29 de abril de 2010

Subgêneros do Chick Lit

O Post de hoje é algo que venho planejando há algum tempo ( meses para ser exata), mas dado a dificuldade de pesquisa, referencias bibliográficas e principalmente tradução (porque não existe nenhum material em português, e os livros e textos são praticamente  todos em língua inglesa) demorei  um certo tempo  para criar uma lista definitiva  com todos os subgêneros do chick lit,  seus conceitos e maiores exemplos disponíveis no mercado nacional.
Esta lista é  um guia para saber identificar os subgêneros existentes  no mundo do chick lit, mas vou logo avisando: as vezes um mesmo livro pode ser caracterizado em diferentes subgêneros de maneira simultânea Então não se assustem se o seu livro preferido seja um Mistery Lit e ao mesmo tempo um Glamour Lit, ok?.

Está postagem fara parte da seção Por dentro da Literatura Feminina, mas também poderá ser facilmente encontrada na barra superior do blog em O Que é Chick Lit?

Utilizem como fonte de pesquisa à vontade! Mas se forem reproduzir qualquer parte deste texto ( citações de no máximo 10 linhas), ou se inspirarem nele para a criação de seu próprio ( ou se seja, escrever a mesma coisa mudando levemente as palavras - como já aconteceu), por favor peça a autorização e link o Lost in Chick Lit. Plagio é ilegal e uma forma nada justa de demostrar que seu trabalho foi bem feito. Foram  semanas  gastas em  pesquisa, tradução e adaptação.  Na duvida Leia Os Termos de uso

Peço desculpa as minhas queridas leitoras, mas este aviso se torna cada vez mais necessário em postagens como essa.


Mom Lit
Mom Lit, algo como literatura da mamãe, é um subgênero do chicklit cujas histórias têm a temática voltada para a maternidade, gravidez ou sobre a criação dos pequenos. Normalmente  estes livros tratam desta temática de forma bem humorada, revelando a loucura que pode ser a maternidade.
Mom Lit pode ser subdividido em três outras categorias, determinadas pelo período quea mãe está passando durante a narrativa, são eles:
- Pregnancy Lit (Literatura na Gravidez) : se passam durante o período da gestação e parto, muitas vezes de mães de primeira viagem.
Ex: Repouso absoluto, O Chá-de-Bebê de Becky Bloom ..
-Baby Lit  ( Literatura com Bebês):  apresentam personagens lidando com a criação de seus bebês e crianças pequenas, suas novas rotinas, problemas e dramas.
Ex. Uma cama para três.
- General Mom Lit: engloba o todo o restante das temática.
Ex. A Terra Tremeu, Um Babá em minha vida, Clara Hut: uma vida e bandeja.




Glamour Lit
Glamour lit são os chick lits mais glamorosos, fashion's e por vezes esnobes. Normalmente os personagens estão ligados a grande indústria do entretenimento, seja no cinema, na televisão ou em grandes revistas, apesar de existir a chance de serem herdeiras “podres de ricas”.  Esse é um dos subgêneros mais conhecidos e lidos do mundo dos chick lit’s.
Normalmente são divididos em:
- Park Avenue  ou Gossip Lit ( Literatura de Fofocas e Alta Sociedade): tomam lugar na famosa Park Avenue em Nova York, ou  em qualquer outro lugar que transmita o mesmo estatus. Tratam de fofocas, esnobismos, e traições.
Ex: Gossip Girl, Quinta Avenida n° 1, A lista Vip.
-Glamourous Career Lit (Literatura com Carreiras Glamourosas): livros onde as protagonistas  tem carreiras ligadas à moda, cinema, televisão ou no mundo editorial. Memórias de babás e assistentes ( vide Diabo veste Prada) também fazem parte desta categoria.
Ex. Diabo Veste Prada, A modelo do Ano.
- Famous Lit ( Literatura de Famosos) : livros em que os personagens são famosos (atrizes, cantores, roteiristas...) e que revelam sua rotina  as vezes muito ou nada glamorosa.
Ex: Ela foi até o fim, Segredos da minha vida em Hollywood, Idolo Teen.



Teen  Chick Lit
Relata a tumultuada vida dos adolescentes, os dramas do ensino médio,  as paqueras com as garotos charmosos, lideres de torcida malvadas, amizades para toda a vida, o drama de escolher uma carreira e mil e uma temáticas que envolvem esta parte tumultuada da passagem para a vida adulta. Um dos gêneros mais difundidos no Brasil, lançado principalmente pelas Editoras Galera Record e Rocco.
Ex: Derby Girl,  A garota americana, Diários da Princesa,  Gatos, feio-dentais e amassos, A musica que mudou a minha vida, Pegando Fogo,  A irmandade das calças viajantes, Como ser Popular, Poseur...


Lad Lit
Lad lit é a literatura escrita por homens, cujos personagens principais são do sexo masculino. É claro que esta descrição poderia se referir a dezenas de livros que não se parecem nenhum pouquinho com chick lit, mas neste caso o Lad Lit são livros com narrativas e tons bem parecidos com os de chick lits. Eles retratam uma grande gama de assuntos, desde trabalho, família até problemas amorosos. As vezes esses livros podem ter as perspectivas do ponto e vista masculino e feminino ao mesmo tempo. Este gênero ainda não é muito difundido no Brasil.
Ex: Nick e Norah: uma noite de amor e musica, Alta Fidelidade



Mystery Lit ou  Thriller Chick Lit
É o fantástico encontro da literatura divertida e charmosa com toques de suspense e mistério. São livros de mulheres resolvendo assassinatos, driblando o perigo, e claro se divertindo durante todo o processo. Alguns desses livros não são considerados tecnicamente chick lit pois são muito parecidos com o gênero de romances policiais, mas devemos ficar atentas as suas características que são subdivididas em:
-Chick Lit Mysteries : são chick lits com mistério, sempre com aquele tom confiante e cheio de humor.
Ex: Tamanho 42 não é gorda, Tamanho 44 não é gorda, A imaginação hiperativa de Olivia Joules, Estrela Píer.
- Romantic Chick Lit Mysteries: tem mais romance do que o aspecto chicklitiano
Ex:  A mediadora...




Wedding Lit 
 Wedding Lit como o nome já diz são livros que contam as histórias de casamentos, madrinhas e os preparativos para o grande dia. É sub dividido em três categorias:
- Wedding/Marriage Lit (Literatura com casamentos): livros que retratam com humor a novela que pode ser o planejamento de um casamento.
Ex: Temporada de Casamento, As Listas de Casamento de Becky Bloom, Eu pego esse homem
 -Bridesmaid Lit ( Literatura da madrinha) : livros centrados na melhor amiga da noiva, ou seja, a madrinha.
Ex: O noivo da minha melhor Amiga
- Wedding Mystery : um gênero mais restrito, que envolve mistério e casamentos.



Single City Girl Lit
 Single city girl lit, ou  literatura das garotas solteiras na  cidade grande, é um gênero que envolve: encontros, paqueras, amigos, trabalho, drinks e apartamentos apertados divididos com pessoas legais-estranhas-bizzaras-divertidas. A principal característica é se passar numa grande cidade, geralmente Nova York ou Londres.
Ex: Sex and the city, Temporada de Caça:aberta, Confissões de uma Ex, Delírios de Consumo de Becky Bloom, A Rainha da Fofoca...



Hen Lit
Hen Lit são os livros que retratam a vida de mulheres com idades um pouco superiores aos da maioria dos chick lits’s. Podem ir do final dos quarenta aos sessenta, e geralmente tratam de temas familiares,  guinada sno amor, etc..
Ex: A vida sexual da minha tia, A terra Tremeu...


Bigger Girl Lit
Bigger Girl Lit, ou literatura de grandes garotas, é um subgênero bastante conhecido e revela o mundo das garotas que estão um pouco (ou bastante) acima do peso, sua vida amorosa, sua relação com o trabalho, a família, e principalmente sua auto-estima. É muito comum falarem também da perda de peso, dietas. Podem ser muito realistas  ou bastante fantasiosos.
Ex: O Diário de Bridget Jones, Tamanho 42 não é gorda, Clara Hutt: uma vida de bandeja, Antes Mal Acompanhada que Solteira, A próxima Grande Sensação..




Fantasy Lit
Fantasy Lit é um dos subgêneros mais recentes do chicklit. Podem ser sobre fadas, viajantes no tempo, bruxas, paranormais, vampiros e tudo que você possa imaginar.  As vezes se mistura ao Mistery Lit.
Suas histórias giram em torno de protagonistas, engraçadas e espertas em um mundo cheio de aventuras. 
Se  subdivide em:
-Time-Travel Lit ou Paranormal Lit: Sobre viajantes no tempo e atividades de alguma forma paranormal.
Ex: A série A Mediadora.
- Fantasy Lit : São chick lits com histórias que envolvem bruxaria, superpoderes e magia.
Ex: Feitiços e Sutiãs, Férias e Encantos.
- Vampire lit: Obviamente heroínas chicklitianas vampiras, ou que se envolvem com vampiros.
Ex: A Caçadora



Working Girl Lit
Um gênero que não é considerado oficial, mas que se enquadra na temática de muitos chicklits. São histórias centradas nas carreiras de suas personagens principais, seus problemas no trabalho, chefes e rotina.
Ex: O diabo veste Prada, A vida é uma festa, Samanta Sweet: a executiva do lar, Uma cama para três.


Ethnic chick lit
São chick lits que retratam histórias centradas em diferenças sócio culturas de varias etnias e religiões, como: a indiana, a de afro-descententes, judia, cristã etc...
Não é muito difundida no Brasil.


Referencias Bibliográficas: This Is Chick-Lit (Lauren Baratz-Logsted ) - Chick Lit: The New Woman's Fiction ( Suzanne Ferriss e Mallory Young)  - Chicklit.co.uk -Chicklitclub.com - Chick Lit Books.com -Chicklitchick.com

terça-feira, 27 de abril de 2010

Anaíd e o Clã da Loba de Maite Carranza

Quando li a sinopse de Anaíd e o Clã da Loba fiquei curiosa, mas tenho que admitir não  tinha grandes expectativas.  Por isso, comecei a leitura  de  uma forma despretensiosa, mas ao final do primeiro capitulo já estava completamente envolvida com a  história e a narrativa fluida de Maite Carranza. 

Anaíd e o Clã da Loba é o primeiro livro da trilogia "A guerra das Bruxas" da autora catalã Maite Carranza, e o único título lançado no Brasil por enquanto.  Maite é uma  autora de livros  infanto-juvenis  muito conhecida na Espanha e já ganhou de diversos prêmios literários, inclusive com os livros destra trilogia.

A história gira em torno de Anaíd,  uma garota de 14 anos, inteligente e invisível ao outros adolescentes de sua idade dada a sua aparência infantil, daquelas meninas que ainda não passaram pelo desenvolvimento hormonal. Além disso, Anaíd  é filha e neta de grandes bruxas Omar (da tribo das lobas) mas ela ainda não sabe disso.  Sua vida  se modifica após a morte da avó e o estranho sumiço de sua mãe.  E quando finalmente  toma conhecimento,  não só da sua posição como bruxa não iniciada, como de seus poderes, lendas e histórias da sua família da qual ela não tinha nenhum conhecimento, sua vida muda completamente. 

Acredita-se que o sumiço de Selene (mãe de Anaíd) seja fruto de uma das  mais importantes profecias do mundo  bruxo. No começo de tudo a grande bruxa "O" reinava soberana e mantinham a mundo humano  em relativa paz. "O" teve duas filhas: "Od" e "Om", que com o tempo seguiram diferentes campos de aprendizado em magia. Om aprendeu a curar com plantas e raízes para tentar diminuir o sofrimento dos  mortais. Od aprendeu a arte de se comunicar com os espíritos do além, e por isso temia a morte.  Com o passar do tempo surgiu uma grande desavença entre Od e Om. Od se tornou vingativa e procurava  a qualquer meio a imortalidade, que ela descobriu  ser possível a partir do sangue  do coração de crianças puras e não iniciadas em magia.  Om  por sua vez, não concordava com as atrocidades da irmã.  
A grande mãe "O", já velha e vendo suas forças se esvaindo, decidi que não passaria  o seu cedro de poder para nenhuma de suas filhas. Assim surgiu uma profecia que perdurava milhares de anos. Nela, uma "eleita"  das descendentes de Od ( que formam a classe de Omar) viria para por fim aos abusos das Odish ( descendentes de Od),  e esta recuperaria o cedro do poder de "O" e traria paz ao mundo novamente. 
 As descendentes de Omar são bruxas  que  morrem e tem filhos (ou seja uma vida -quase- normal), são também muito generosas e ligadas a natureza. As  milhares de Omar espalhadas pelo mundo são divididas em tribos de cada elemento ( fogo, terra, ar e água) e representadas por diferentes animais. No Caso de Anaíd, a loba.
Já as descendentes de Odish são imortais, mesquinhas,  sem filhos ou apegos mortais, poderosas e sanguinárias. E dada suas características mesquinhas apresentam um numero reduzido e não  fazem parte de tribos.

A princípio a história parece ter uma mitologia intrincada, e de certa forma bem difícil de resumir em uma resenha, mas  ela aparece de forma bem diluída e de fácil entendimento durante toda a história.  E a partir do entendimento desses dois tipos diferentes de bruxas presentes  fica mais fácil de continuar  a história de Anaíd, sua introdução no mundo mágico, sua aprendizagem e o fardo que lhe cai sobre as costas quando necessita encontrar sua mãe.

Tenho que admitir, a maior dificuldade desta postagem está sendo transmitir uma sinopse abrangente que demonstre o quanto esta história é interessante. Mas  de uma coisa eu tenho certeza:  simplesmente A-M-E-I Anáid e o Cla da Loba. Me surpreendi com uma mitologia acurada e bem estruturada, uma narrativa super fluida  e eletrizante,  personagens profundos e bem delineados, tudo isso sem pecar no excesso descritivo ( que eu sei que muitos odeiam, como em  O Senhor dos Anéis, apesar de eu adorar). 

Alguns compararam  a Anaíd à uma versão feminina de  Harry Potter, mas não acho justo com a história idealizada por Maite. Apesar da mesma temática, e da mesma capacidade de manter uma narrativa longa eletrizante acredito que  as coincidências acabem por ai. 
 A visão do mundo mágico proposto por  Maite não lembra nenhum um pouco o do concorrente inglês.  As bruxas Omar e Odish estão muito mais ligadas  ao mundo natural, na crença dos poderes das plantas  e dos animais do que a um mundo que vive a parte da sociedade normal.  Em Anáid e o Cla da Loba  conhecemos uma história de bruxas míticas que muito parecem com crenças atuais como o Wicca, por exemplo.

O outro ponto fantástico é a importância da mulher. Apenas as mulheres fazem parte deste mundo mágico, e sua linhagem é perpetuada apenas as filhas do sexo feminino.  Dentre minhas leituras fantásticas ( que são poucas e se restringem ao meu carinho imenso por Harry Potter e Senhor dos Anéis) nunca havia lido  um livro deste gênero que dava tanto poder  a mulher. É um verdadeiro Girl Power!
A capa é outra beleza a parte. A ilustração é simplesmente linda.  Só não é perfeita pelo pequeno escorregão  na fonte utilizada para  o nome da trilogia " A Guerra das Bruxas Volume 1" que não combinou nem um pouco com a lua ao fundo.

Desta vez realmente fui surpreendida com uma leitura fantástica. Não sei como vocês se sentem, mas eu fico tão feliz quando pego um livro da qual não tinha expetativa nenhuma e ele se transforma em uma leitura completamente perfeita do inicio ao fim.  Foi como se eu tivesse este tempo todo (desde Harry Potter e As Relíquias da Morte) esperando o livro certo de literatura fantástica que  fosse capaz de tirar aquele vazio que só uma série da magnitude de HP pode deixar. E definitivamente Anaíd e o Clã da Loba preencheu este vazio. Fiquei com vontade de abrir um espaço maior  na minha agenda  de leituras para o gênero, e finalmente criar coragem de ler o primeiro livro do Percy Jackson que já está criando pó na(s) minha(s) pilha(s) de livros à ler.

Super indico para todas  que curtem o gênero. Mal posso esperar que lancem os próximos títulos da trilogia!

Muito obrigada  a Souza Franco Comunicações e ao Mundo Editoral por me mandarem o exemplar para a resenha.




Ps: Vocês conhecem o Portal Teen Feminice?
Essa semana o link do Lost está la na pagina principal.   Vale a pena o clique, super legal!


segunda-feira, 26 de abril de 2010

Chick Lit Photos n° 1

Quando criei o grupo de fotos no Flickr ( o Chick Lit Books, quem não participa do grupo ainda corre lá)  a ideia  era criar uma coluna  mensal aqui no Lost com as fotos dos livros que adoramos tanto.
Imaginei um post com fotos dos livros das leitoras do Brasil -e do mundo todo- com suas capas lindas e coloridas, capas diferentes e fotos estilosas. O objetivo é  a participação de vocês ( as vezes leitoras anonimas)  nas postagens do blog. 
Então todos os meses escolherei as fotos mais legais- diferentes- coloridas dos chick lits postados no Grupo do Flickr.



A primeira montagem de fotos sai hoje, estreando a nova coluna Chick Lit Photos. Mas quem sabe  a sua foto não estará aqui mês que vem?




Clique na foto para ampliar


Links para as fotos originais:

As postagens dessa  seção poderão ser encontradas a partir do  botão na coluna direita do Blog >

sábado, 24 de abril de 2010

The Day I Shot Cupid de Jennifer Love Hewitt

The Day I Shot Cupid: Hello, My Name Is Jennifer Love Hewitt and I'm a Love-Aholic*

 Já terminei a leitura do The Day I Shot Cupid , o primeiro livro da da atriz holywoodiana Jennifer Love Hewitt, fazem algumas semanas. Na realidade fiz a leitura na semana do seu lançamento lá nos Estados Unidos (23/03/2010), mas sempre fico com "um pé atrás" de falar aqui sobre os livros que leio em inglês. Meio besteira, eu sei! Porque no final das contas eu sempre acabo fazendo um post de qualquer maneira, mas a verdade é que me sinto meio culpada de ficar exaltando um livro que boa parte das leitoras só terá a oportunidade de ler quando  for lançado em português (milênios depois as vezes).

The Day I Shot Cupid é uma leitura um pouco diferente do meu café-com-leite literário, por se tratar de um guia amoroso, bem leve e descontraído. Mas como é uma leitura extremamente voltada pro publico feminino, e por isso totalmente a cara do Lost , estou aqui aproveitando esta leitura que fiz profissionalmente para deixar vocês por dentro desse lançamento internacional recém saído do forno.

Jennifer Love Hewitt é conhecida mundialmente por filmes como “Eu sei o que vocês fizeram no verão passado” e "Doce Trapaça" , além das séries de tv “Party of Five” e “ Ghost Whisperer” (que passa na Sony e tem uma temática muito parecida com a da série A Mediadora da Meg Cabot). Ela -literalmente- cresceu sob os olhos da mídia, e com o passar dos anos adquiriu a fama de "serial dater" ( algo como“namoradeira em série”) por ter se envolvido em uma série de relacionamentos fracassados.

Depois que rompeu o noivado com Ross McCall, Jennifer fez uma viagem para o México com familiares e amigas para tentar superar o coração partido. Sentada conversando com essas mulheres das mais diferentes idades, profissões e estilos de vida, ela percebeu que todas elas passam pela mesma angustia ao começar novos encontros e relacionamentos. E isso lhe deu o impulso para escrever um livro com as suas experiências, bem ou mal sucedidas, no campo de batalha chamado “amor”.
Jennifer relata com muito humor suas experiências no ramo dos relacionamentos, desde como encontrar um homem que represente aquilo que você deseja no amor, quanto “sobreviver” depois do termino de um relacionamento mal sucedido. Por se tratar de um guia a narrativa é bem fragmentada em temas, tais como:
- Uma lista com 20 coisas para fazer depois do fim de um namoro;
- As diversas fases de um relacionamento;
- Sobre os três tipos de homem;

Sim, eu sei que parece ser um tema meio batido e que pode ser encontrado em outros quinhentos guias já traduzidos para o português, mas o charme do livro está -completamente- nas histórias intimas reveladas por ela.
Quem não sente a mínima curiosidade sobre a vida amorosa das estrelas que atire a primeira pedra!
Mas a verdade é que me senti super feliz de saber que ela tem os mesmos problemas que a gente. Se ela - que é linda, famosa e rica- já levou bolo, porque nós ficamos nos martirizando por dias quando isso acontece com a gente?

Sem contar que de passagem ela realmente tem um vasto conhecimento no assunto, são tantas histórias hilárias que eu chorei de tanto rir em varias passagens do livro, entre elas : a história do piercing na vagina, a das roupas intimas "sujas", sobre comer sozinha num restaurante pela primeira vez...

Os únicos temas que não foram do meu agrado são  os capítulos sobre anatomia do coração e sobre exercícios físicos ( não sei porque? *-*), mas no final das contas eles são eclipsados pelas histórias de "bad dates". Sem contar que cai de amores pela capa (Hello - lá vem a maluca das capas). Mas me diz: Não ficou super fofa a caricatura dela? É uma belezura a parte.

The Day I Shot Cupid é um livro fininho e de leitura rápida, com uma temática apresentada de forma descontraída e leve, adequado a mulheres de todas as idades. Nunca vi o tema ser tratado de forma tão moderna e “descolada”. Quero ver como vão traduzir as gírias que ela fala no livro, porque não são poucas!

Para todas as mulheres ( e para os homens curiosos), porque afinal quem nunca teve problemas amorosos?


* Algo como: "O dia em que acertei o Cupido: Olá, meu nome é Jennifer Love Hewitt, e eu sou viciada em amor!"

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Ela foi até o fim de Meg Cabot

Ela foi até o Fim ( She went all the way) foi um dos livros da Meg Cabot que quase comprei diversas vezes em inglês. Não foram poucas vezes (foram muitas) que o peguei e levei ao caixa na livraria, mas acabei desistindo antes da hora. O motivo:  eu sabia que ele seria o próximo lançamento da Meg Cabot, pela Galera ( o novo selo da Galera Record destinado ao publico jovem adulto - leia sobre aqui). Então aguentei - aguentei firme- durantes os últimos três meses, esperando o livro que é considerado um dos melhores chick lits voltados para o publico adulto da autora.
Vocês podem imaginar então o tamanho da tortura  psicológica, física e compulsiva. Juro para vocês,  já tinha um exemplar do livro em inglês  me chamando pelo nome na Saraiva Meg Store do Shopping Iguatemi ( quase minha segunda casa - ou meu antro de perdição).  Eu podia ouvir os sussurros de "Jujuba me compre, me leve para casa, me dê uma  estante que eu possa chamar de lar, saboreie cada palavrinha do meu ser" vindos daquele cantinho que eu sempre o escondia. Então imaginem a felicidade quando chego em casa depois de quase quarenta minutos na fila do banco ( que ninguém merece) e vejo o meu exemplar do Ela foi até o fim me esperando.  Foram 30 minutos de felicidade instantânea, como se alguém tivesse colado minha boca com Superbond e eu não pudesse parar de sorrir. Mal consegui ler  as primeiras páginas porque já estava atrasada para o curso, então li no ônibus, li antes do inicio da aula, li de novo no ônibus, e li mais ainda quando cheguei em casa ( tanto que esqueci de jantar). E só não o terminei naquela madrugada mesmo porque tinha acordado as 7 da manha e meus olhos já não estavam mais sob o meu domínio.  Faltaram apenas 50 páginas que foram devoradas ontem, depois de um compromisso com a família. 

Ela foi até o fim conta a história de Lou Calabrese, uma jovem roteirista  que acabou de ganhar seu primeiro Oscar. No entanto sua vida não é uma mar de flores. Graças ao filme "idiota" ela perdeu seu namorado de longa data, o ator  Bruno di Blase ( cujo nome verdadeiro era Barry) que a deixou para ficar com  seu par amoroso no filme.  Raiva era pouco para o que Lou estava sentindo.  Onde ela estava com a cabeça quando decidiu escrever aquele  roteiro bobo "sobre o triunfo do espírito humano" para alavancar a carreia de Barry?
A raiva era maior ainda, agora que ela estava no Alaska para visitar o set do seu novo filme Copkiller, cujo ator principal  ela   não só odiava  por  ter mudado a frase chavão do seu personagem,  mas porque ele era o ex de Greta, a atriz com o qual Barry  fugiu para casar em um cassino de Las Vegas.
Jack é  uma mistura de Brad Pit com George Clonery: charmoso, sexy, e um conquistador  cuja palavra 
"relacionamento estável" não consta no seu  dicionário. E obviamente, ele  também não gosta nenhum um pouco de Lou, culpa do cinismo que para ele todo roteirista obrigatoriamente tem. 

Apesar do desgosto que sentem um pelo outro, Lou e Jack vão ter que aprender na marra a conviver um com o outro. Depois que o piloto do helicóptero tenta assassinar o astro hollywoodiano  em pleno voo  e causa a queda da aeronave, eles vão ter que lutar para sobreviver ao frio congelante do Alasca e aos assassinos  que foram contratados para matá-los. 

Essa mistura inusitada de Mistery Lit e Glamour Lit (dois grades subgêneros do chicklit)  funciona  maravilhosamente devido aos grandes atrativos e  qualidades narrativas  de Meg, sempre ágil e charmosa. Por mais que o jogo "Eu te odeio/você me odeia, mas nos sentimos atraídos mesmo assim" seja um clichê quase clássico do gênero, não tem como não adorar  Lou e Jack. 
As respostas ágeis e cheias de ironia que acontecem a cada segundo em suas conversas são simplesmente hilárias! Sem contar os personagens secundários fofos: Eleanor ( a mãe de Jack) e Frank ( o pai de Lou), ambos viúvos há vários anos, que se conhecem na ocasião do acidente e se envolvem timidamente dado as circunstancias. 
 
Outro ponto que não posso deixar de comentar: Palmas para a  Galera novamente! Cada dia adoro mais suas capas clean, muito - e muito- superiores a original. Em Ela foi até o fim eles captaram muito mais o espírito da história  do que os artistas gráficos americanos. Até hoje não entendo qual é a da sandália de verão (super brega) num livro que se passa inteiramente no frio congelante?

Um livro para ser devorado em "uma sentada". Um dos clássicos imperdíveis para as fãs enlouquecidas da autora (eu, eu, eu!). Meu único desgosto é porque  (PORQUE - bem dramático) a Galera não lança um livro da Meg assim todo mês, semana, dia ?


Ps: To ficando mal acostumada com as "cenas descritivas" sexuais da Meg, quero mais =x

terça-feira, 20 de abril de 2010

Todas as Estrelas do Céu Publicado!

Quem me  acompanha no twitter e frequenta outros blogs literarios já deve saber que o queridíssimo Enderson Rafael finalmente encontrou uma boa editora para a sua primeira obra literária, o Todas as Estrelas do Céu. 
Depois de mais de 200 exemplares espalhados por todo o Brasil de forma autonôma,  no final de maio poderemos encontrar a história de amor de Lê e Carol em todas as livrarias. Isso não é perfeito?
O livro será publicado pela Editora  2AB pelo selo Novas Ideias, e a tiragem inicial  será de 1000 exemplares, com 160 páginas,  sem preço definido por enquanto. A orelha do livro foi por outra autora brasileira super querida que adoro de montão - a Paula Pimenta da série Fazendo meu Filme.
Tudo isso que já falei é meio que old-news, e eu estou aqui hoje para mostrar algo inédito, que até ontem era Top-Secret. Estamos cheios de segredinhos, mas ser amiga do autor tem seus privilégios, e por isso venho acompanhando esse processo maravilhoso que é o da edição de um livro.
Quando o Ende me deu o aval  hoje para liberar mais um pedacinho da sua obra literária de estreia fiquei super empolgada. É uma honra ser a primeira a divulgar a capa do livro, da mesma forma que fui a primeira a resenha-lo.
Então apresento a capa oficial do Todas as Estrelas do Céu, elaborada pela Aline e pela  Tatiane do  Estudio Creamcrackers. Parabéns meninas, ficou lindo!


Tenho certeza que vão ficar agoniadas - como eu- pelo lançamento. Com essa história linda de amor, podem ter certeza que vai esgotar rapidinho. Então fiquem de olho nas novidades, datas de lançamento, noites de autógrafos ( em Florianópilis e Teresopolis confirmados, apesar de não ter data definida ainda)...

E  aproveito este momento para parabenizar o Ende,  que é uma das pessoas mais queridas que conheço. Fico muito feliz que uma amizade tão verdadeira  tenha surgido de um contato profissional. Sabes que sempre torço por você, porque você é uma daquelas pessoas que merecem um sucesso genuíno. E este é apenas o começo! ^^


Ps:  E tem mais "segredinhos" pela frente, mas o Ende não me deixou contar ainda. Briguem com ele!

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Aprendendo a Seduzir de Patricia -Meg- Cabot

Tenho que admitir demorei muito tempo para entrar no mundo dos romances históricos concebidos pela minha adorada Meg Cabot. Talvez pelo preço um pouco "salgado" do primeiro lançamento da obras publicadas sob o pseudônimo de Patricia Cabot  aqui no Brasil- A Rosa do Inverno. No entanto não é desculpa, pois afinal, fazem mais de dois meses que finalmente adquiri o primeiro. Mas como o mundo dá voltas ( e minhas pilhas de livro à ler apenas aumentam), finalmente me iniciei nesta outra faceta de uma das minhas autoras favoritas. 

A Editora Planeta, sob o selo Essência,  lançou este mês "Aprendendo a Seduzir" ( Educating Caroline), o segundo livro deste gênero da Meg Cabot lançado no Brasil com o "pen name" de Patricia Cabot. Nele nos esbaldamos na história de Lady Caroline, uma moça ingênua mas altiva da alta sociedade inglesa, cujo casamento está marcado com o marquês "falido" de Winchilsea - Hurst Slater. Um homem que por traz da boa ação do salvamento de Tommy - o irmão de Caroline- esconde suas tramóias e o apego por um  bom rabo de saia sob a superfície de bom cavalheiro.

Caroline acaba descobrindo  que o fogo ardente de  seu noivo está reservado para outras mulheres quando  o encontra fazendo "aquilo" com a despudorada Lady Jacquelyn durante um dos luxuosos jantares  da nobreza. Petrificada com tal descoberta, afinal meninas recatadas daquela época não tinham à mínima ideia do que seria  "um ato entre quatro paredes", ela não cria  escândalo e sai dali sem ser vista. Mas no meio do caminho encontra Braden Grandeville, um novo rico ( ou historicamente, um burguês) pouco aceito nos círculos da alta sociedade dado a sua fama de Lothario de Londres, ou seja,  o nome bonito para a fama de garanhão da praça ( huahua, palavra que adorei, fato!). Braden, além de uma infância pobre e sofrida, hoje é um famoso armeiro que tenta se inserir neste mundo fechado da sociedade provinciana através do noivado com Lady Jacquelyn No entanto, o tempo mostrou que por melhor que fosse ter seu nome ligado ao título de Jacquelyn, aturar seu gênio e sua predileção às compras não era nada comparado ao fato de saber do amante que a jovem mantinha em segredo.

Na época vigorava uma lei, que quando um noivado era quebrado sem justa causa, a parte prejudicada podia entrar com um processo de quebra de compromisso. Braden vindo de "Deals" um bairro pobre de Londres não estava feliz em abrir mão de parte do seu dinheiro (ganhado no duro trabalho) em um processo do tipo, por isso tentava de todas as formas encontrar provas concretas do adultério.

E a partir deste encontro, um "acordo profissional" entre Caroline e Braden está forjado. Caroline, após tomar conhecimento de cenas tão quentes, decide que precisa tomar aulas para aprender a ser sedutora , o que ela pressupõe que seu noivo secretamente deseja. Para isso ela propõe testemunhar  na corte o tal adultério que Branden deseja provar ( deixando de fora, claro, o nome do amante).

Depois  desta minha tentativa, digamos, frustrada de escrever com pompa. Vocês  podem imaginar o que vem pela frente. Aprendendo a Seduzir é um romance pra lá de caliente.
Caliente do tipo não-imaginava-que-a-Meg-escrevesse-assim, apesar de já ter me surpreendido num grau (muito mais muito menor) na cena do galpão em A Rainha da Fofoca.Não existe palavra para descrever melhor do que HOT-HOT-HOT.
Menina do céu, foram cenas de "esquentar as pantalonas"!
 Gostei bastante da história, do tom da narrativa e do livro no todo em si, mas tenho que admitir: demorei pra me empolgar. Para mim a história demorou a engrenar, e cheguei a pensar que não ia gostar do livro, mas paguei a língua quando finalmente a história chegou no "vamos ver".

E  ao chegar ao cerne da historia (to falando, estou cheia de pompa hoje huahuah) finalmente encontramos a agilidade narrativa que tanto adoro na Meg, apesar de se tratar de algo completamente diferente do que estamos acostumados por causa do gênero histórico.  No final das contas, apesar do estranhamento inicial, gostei bastante desta faceta da Meg, que conseguiu me surpreender com sua habilidade de escrita depois de mais de 30 leituras.  Aprendendo a Seduzir é um livro sensual  e charmoso sem precisar recorrer ao baixo escalão. Super indicado, tanto  para as fãs curiosas da  vertente "chicklitiana", quanto para as fãs de romance histórico.  Então não deixem de participar da super promoção. Quem sabe vocês não ganham um exemplar?





domingo, 18 de abril de 2010

Promoção Aprendendo a Seduzir



Este fim de semana não foi de descanso para mim. Passei  as ultimas 48 horas em uma guerra cruel com o meu computador, que decidiu parar de ligar. Graças as habilidades do meu pai e marido, ele já foi ressuscitado uma série de vezes. Mas o suspense persiste, será que ele vai re-ligar  na próxima? Devo me tornar paranoica e deixa-lo ligado 24 horas por dia? Ai meus arquvinhos amados da Silva!
Para desestressar, ou melhor superar o stress, estou  colocando hoje  "a carroça na frente dos bois".
Sem condições psicológicas de me sentar aqui para escrever uma boa resenha deste livro da minha adorada Meg Cabot, decidi lançar a promoção antes da resenha. Porque "sem chance" de  atrasar  ainda mais o cronograma de postagens da semana inteira. 

Assim  faço vocês felizes, e não me sinto tão, tão desanimada....

Preparados para ganhar o exemplar deste  romance histórico escrito pela autora Meg Cabot com o pseudônimo de  Patricia, um super Lançamento da Editora Planeta de abril?


 Regrinhas


 1-Tem que ser   Seguidora do Lost (quem não tem blog, não se preocupe, basta ter uma   conta no google/gmail/orkut/twitter que dá para se tornar seguidora, é   só clicar na side bar ao lado)


Se não conseguir visualizar  a o Siga o Lost! no   Fire Fox, tente  o explorer, nos últimos dias está tendo umas   oscilações.


2-    Você deverá deixar um (01) comentário neste Post falando :
"Eu  quero aprender a seduzir!"
3-  Preencher  corretamente os dados do Formulário   do Google Doc's

Ou  clique


  Quero participar mais de uma vez. O que eu faço?


Repita  a  operação da   Primeira Participação (Seguidora >Comentário>   Formulário) MAS acrescente   um LINK de divulgação da   promoção. Pode ser no seu Blog, no seu Twitter, no Orkut, pode ser até    um cartaz na sua rua -huaha- mas ai você tem que tirar foto).

Lembrando  que cada Participação 1 Comentário!

Quanto  mais  você divulgar mais chances de você ganhar!!




Sobre Divulgação no twitter:
- Deverá seguir o Twitter da Editora Planeta - @a_planeta -  .Não é obrigatório seguir o Lost, mas ficaria feliz se vocês o fizessem - @lostinchicklit-
Se ao final da promoção o vencedor tiver  feito divulgações via twitter e não estiver seguindo a Editora, o sorteio será feito novamente.

-Só valerá uma divulgação a cada 24 horas, ou seja, você divulgou agora  pode ir lá e preencher  o formulário mais uma vez, e  só poderá preenxer novamente  com mais uma divulgação no twitter no dia seguinte, entendido?
 - A mensagem dever ser assim: 
#promocao Aprendendo a Seduzir  @lostinchicklit + @a_planeta http://bit.ly/ds1Ra2 !


Para   divulgação em Blogs, o código HTML:



Se ao final da promoção o vencedor  não tiver  seguido  todas as regras  será desclassificado e o  sorteio será feito novamente.


As inscrições poderão ser   realizadas a partir de hoje (18/04) até o dia 30/04 a meia noite.  O   resultado será postado até o dia 02/05 aqui no Lost, e entrarei em   contato com a vencedora também por email.
Só poderão participar   pessoas residentes no Brasil, ou que tenham algum endereço de entrega   aqui. A vencedora (o) terá 3   dias para responder o email e enviar seu endereço, se não o sorteio será   feito novamente. Após a entrega dos dados a Editora Planeta tem até 30   dias para o envio do prêmio.


Mostre  que você gosta do  Lost in Chick-Lit, siga no Twitter  (AQUI) e participe da   comunidade no Orkut!(AQUI)!


PROMOÇÃO ENCERRADA

sexta-feira, 16 de abril de 2010

4 em 1: novidades, fotos, eventos e mais

O post de hoje vai ser vapt-vupt! Mas com  quatro coisas bem legais, que eu já estava querendo comentar faz  algum tempinho.


- Pesquisa de Público do Lost in Chick-Lit
Essa era outra coisa que estou a tempos  tentando postar. Uma pesquisa simples para conhecer um pouco mais sobre vocês, são dados como idade, gostos, localização..
A pesquisa é completamente anonima, então vocês tema liberdade de responder e comentar com completa sinceridade.  Os dados finais farão parte do mídia-kit  e do currículo do Blog, então a participação de vocês é imprescindível. Quem sabe isso não ajude o Lost a conseguir mais promoções  e patrocinadores legais para vocês ^~
Para preencher o formulário basta clicar  na imagem abaixo (ou aqui)

Ps: para criticas construtivas, se possível  deixem o e-mail para uma replica.

- Redes Sociais :
Centralizei todos os ícones  das redes sociais do Lost na barra superior do blog. Já criei os icones e fiz isso faz umas boas duas semanas, mas como ontem coloquei as duas redes sociais que faltavam, achei que precisava comentar.
Ali você entra os links para: Newsletter, Feed, Twitter, Orkut, Skoob, Filmow, Tumblr, Facebook e Flickr.

Lembrando que é só passar a seta do mouse em cima das imagens para ler o nome da rede social, no caso de dúvida.

- Grupo de Imagens - Chick Lit Books - no Flickr

Todas nós amamos nossos livros lindos, e adoramos compartilhar as fotos de  nossas  pequenas (ou grandes) coleções. Então para isso criei um grupo de imagens no Flickr no intuito de compartilharmos as fotos lindas dos nossos filhotes. Então estão todas convidadas a participar e compartilhar suas fotos.
As melhores fotos do mês  estarão num post especial com seus nomes e respectivos blogs ( se tiverem).
 Essas postagens farão parte de uma nova coluna ( na realidade de uma coluna existente mais reestruturada) que será voltada para imagens do mundo chicklitiano (new word huahua) ^^
Para participar basta  Clicar AQUI, e ter uma conta no Flickr, que é gratuita, então corre lá^^

Ps:  A  Pam do Garota It ( que eu adoro de paixão) também criou um grupo de imagens para YA Books, ou seja para  livros young adults, participe também!

- Evento Jane Austen em São Paulo
Senhoras, senhores e senhoritas! A Logon em parceria com a Livraria Cultura de São Paulo está organizando um super evento para as Jainetes ( fãs de Jane Austen).
O Evento será na Livraria Cultura do Shopping Bourbon, no dia 06 de maio, às 19:30. Então tem bastante tempo para organizar suas agendas e  ir lá participar deste bate-papo com a especialista em Austen:Renata Christina Colasantre!

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Entrevista com Carole Matthews

 Desde que peguei na mão o primeiro livro da Carole Matthews e senti o inconfundível aroma de chocolate sabia que estava à poucos segundos de me apaixonar, e mal bastaram cinco páginas para saber que eu estava -mais uma vez-  completamente correta. O Clube das Chocólatras  entrou para o meu seleto grupo de favoritos, e mal consegui desgrudar dele durante a leitura.  Por isso com a maior felicidade (e orgulho, sem falsa modéstia) venho postar esta deliciosa entrevista com a autora inglesa...

Carole Matthews
Sempre foi uma leitora ávida, mas já quis ser professora, controladora de vôo, guia de viagens e cabeleireira, apesar de nunca ter seguido nenhuma dessas profissões. Trabalhou como terapeuta de beleza, e durante este período escreveu diversas matérias sobre  o assunto para algumas revistas de variedade, até que enviou seu primeiro conto para um concurso literário, e ganhou. Com o dinheiro do prêmio entrou para um curso de escritores. Seu tutor gostou tanto do manuscrito que a indicou para um editor.  Em uma semana Carole já havia fechado o contrato para o seu primeiro livro “Let’s Meet on Platform 8” (ainda inédito no Brasil). Dali para o seu esplendoroso sucesso foi um pulo, Carole é hoje uma das mais renomadas autoras do chick lit britânico, e é considerada uma das únicas autoras que podem rivalizar com a rainha do gênero –Marian Keyes.   Já são dezessetes livros publicados em mais de 24 países, sendo 3 deles disponíveis aqui no Brasil : “O Clube das Chocólatras” e “A Dieta das Chocólatras”  pela Editora Bertrand Brasil e “Na Alegria e Na Tristeza” pela Editora Novo Século.


Agora vamos ao que interessa!


Julianna: Você já tem dezessete livros publicados, sendo que o ultimo foi lançado há dois meses. Quando você começou a escrever, você imaginava que o sucesso ia ser tão grande?
Carole: Não, eu estou realmente encantada como as coisas mudaram para mim. Estou realizando o trabalho dos meus sonhos, e tenho alguns grandes leitores, que felizmente amam meus livros e continuam comprando eles.

Julianna: Seus livros já foram publicados em mais de vinte e quatro países, e três deles já foram lançados aqui no Brasil (O Clube das Chocólatras e A Dieta das Chocólatras pela Editora Bertrand Brasil e Na Alegria e Na Tristeza pela Editora Novo Século ) Como você se sentiu ao saber que os livros foram traduzidos para o português? Você esperava que eles fossem ser tão bem recebidos pelo público de outros países?
Carole:: É surpreendente que os meus livros estão em tantos países. Eu me sinto muito sortuda. Eu recebo um monte de e-mails dos meus leitores no Brasil - eles estão muito interessados nos livros das chocólatras, então eu acho que vocês devem gostar muito de chocolate ai. As coisas que eu escrevo em meus romances são questões que afetam muitas mulheres em todo o mundo, então eu acho que existe uma simpatia para as emoções humanas, não importa em que país meus leitores estão. Entretanto, às vezes fico surpresa que eles entendam minhas piadas!

Julianna:  O livro “A A Dieta das Chocólatras” acabou de ser lançado no Brasil. Você acha que as mulheres brasileiras vão se identificar com a Lucy, Chantal, Nadia e Autum?
Carole: Sim, elas são quatro mulheres muito diferentes que se unem por acidente devido seu amor absoluto por chocolate, mas formaram uma ligação muito forte juntas. As coisas que elas atravessam juntas podem acontecer a qualquer um - problemas com seu trabalho, seus parceiros, seus pais - são os tipos de coisas que todas as mulheres experienciam em algum momento.

Julianna:  Os livros das chocólatras são deliciosos. Como foram feitas as pesquisas sobre os diferentes tipos de chocolate citados no livro? Você realmente ama chocolate, ou foi algo realizado apenas para os livros?
Carole: Obrigada. Eles eram deliciosos de se escrever também! Eu passei dois anos comendo todos os tipos de chocolate. Às vezes eu amo meu trabalho! Antes de começar a pesquisa, eu comia qualquer tipo de chocolate - qualquer um que estivesse disponível. Agora estou mais exigente e amo chocolate de boa qualidade.

Julianna: Todas as marcas de chocolate citadas no livro foram conseguidas através de pesquisa ou todas já foram realmente degustadas por você?*
Carole: Eu levo meu trabalho muito a sério e - para o bem dos meus leitores - eu senti que eu precisava experimentar todos os tipos de chocolate mencionados. :)

*Pergunta enviada pela leitora Bruna Mara Silveira de Lima

Julianna:  Lucy, Chantal, Nadia e Autum são mulheres bem diferentes unidas pelo amor em comum ao chocolate. E apesar de terem estilos de vida completamente diferentes encontram nesses laços de amizade as forças necessárias para lidar com o seus maiores problemas. Você acha importante este tipo de apoio sentimental em momentos chave da vida? Você tem um grupo de amigas parecido com o do livro?
Carole: Eu sou muito sortuda em ter um bom grupo de amigas que me dão muito suporte. Há oito  anos nós nos encontramos uma vez por mês para o nosso 'Girls Night "- que envolve muito vinho e bate-papo. Eu acho que é importante ter pelo menos um grande amigo, que conhece você de dentro para fora e está sempre lá para você quando as coisas ficam difíceis.

Julianna:  Existe a possibilidade de mais uma seqüência dos livros das chocólatras?
Carole: Gostaria de escrever pelo menos mais um. Eu não terminei com essas meninas ainda!

Ps da entrevistadora: Graças a deus!!

Julianna:  O que você acha das capas das edições brasileiras?
Carole: Elas são lindas. Muito atraentes. Espero que elas sejam populares entre os meus leitores no Brasil.


Julianna:  Você sempre sonhou em ser escritora, ou foi algo que surgiu ao acaso? Tem algumas dicas para as mulheres brasileiras que querem ser escritoras?
Carole: Foi meio que por acidente. Eu era um terapeuta de beleza, e estava acostumada a escrever sobre todos os tipos de tratamentos. Então eu entrei em um concurso de contos e ganhei o primeiro prêmio. Isso me incentivou a tentar escrever um romance, e eu tive muita sorte de pegar o início da grande onda de chick lit’s no Reino Unido. Para as mulheres que gostariam de tentar sua mão na escrita, acho que a coisa mais difícil de tentar escrever é encontrar tempo para fazê-lo. É particularmente difícil se você já tem um emprego de tempo integral ou crianças que tomam o seu tempo. Meu conselho é tenha certeza de reservar um tempo para escrever - mesmo que seja apenas meia hora por dia.

Julianna: : Qual é a sua rotina diária ao escrever?
Carole: Eu respondo meus e-mails e mensagens do Facebook entre 8 e 9h da manhã. Então tomo café da manhã e caminho para pegar o jornal - o meu gesto simbólico de exercício. Eu escrevo a partir de 10 - 1pm. Então eu tiro uma hora para almoçar, e depois tento recuperar o atraso com alguma leitura. Na parte da tarde eu trabalho das 2-5 ou 6pm. Eu tento muito não trabalhar no fim de semana!


Julianna: Quando você escreve um livro, você baseia alguns de seus personagens em parentes, amigos ou celebridades? Como é o processo de escolha dos nomes dos personagens?
Carole: Escolher os nomes dos personagens é a coisa mais difícil! E isso fica mais difícil quanto mais livros eu escrevo. Um nome já diz muito sobre uma pessoa, não é? Eu uso características de pessoas que eu conheço e, às vezes, os nomes, mas eu preciso saber muito mais coisas sobre os meus personagens do que eu sei sobre as pessoas reais antes que eu possa escrever sobre elas. A maior parte da minha preparação está em escrever histórias enormes sobre os personagens que vão estar nos meus livros..

Julianna:  Quais cenas você acha mais fácil de escrever, as engraçadas ou tristes?
Carole:: Isso depende do dia e realmente do meu próprio humor. Embora eu goste de escrever as mais engraçadas!

Julianna: Qual das suas personagens é mais parecida com você? Você se inspirou intencionalmente em você mesma, ou foi algo que aconteceu naturalmente?
Carole: Oh dear*. Eu acho que gosto mais da Lucy Lombard do “O Clube das Chocólatras”'. Muitas coisas que eu fiz no passado aparecem nos meus livros - em especial, todos os meus romances fracassados!

* Expressão que é utilizada para expressar simpatia, choque... Não encontrei nada em português que pudesse exprimi-la corretamente. Alguém especializado se arrisca?

Julianna:  Dos seus livros publicados qual o seu preferido?
Carole: Eu gosto de todos eles, por motivos diferentes. O Clube das chocólatras e Dieta estão definitivamente no topo da lista, e eu acho que eles são os favoritos dos meus leitores. Também gosto de “With or Without You” e “A Minor Indiscretion”. Espero que um dia vocês tenham esses livros lançados no Brasil.

Julianna: Qual dos seus livros que ainda não foram publicados no Brasil que você gostaria de ver traduzido para o português?
Carole: Eu gostaria de vê-los todos traduzidos! Pode demorar um pouco!

Julianna: Você gostaria de conhecer o Brasil? Se sim, nos diga o lugar que você mais gostaria de conhecer? Que recado você deixaria para as leitoras brasileiras? *
Carole: Eu adoraria conhecer o Brasil. Uma das minhas coisas favoritas é viajar para diferentes partes do mundo. No Brasil, eu gostaria de chegar a tempo para o Carnaval do Rio de Janeiro, e ver também as Cataratas  do Iguaçu, as famosas praias de Ipanema e Copacabana, e fazer uma viagem para a Amazônia. Acho que preciso para começar a arrumar minha mala agora!

*Pergunta enviada pela leitora Jessica Karla Arruda ( a KArlinha o Coffie and Movies)

Capas dos livros ao redor do mundo :


Espero que vocês tenham gostado da entrevista! 
Essa semana ainda no Lost: 
-Grupo de imagens
-Aprendendo a Seduzir de Patricia (Meg Cabot)