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quarta-feira, 11 de julho de 2012

Silêncio de Becca Fitzpatrick



Silêncio
Becca Fitzpatrick
Editora: Intrínseca
Páginas: 301
ISBN: 9788580571318
Onde Comprar:
Submarino | Cultura | Book Depository
Sou fã do Patch. Patch é pra mim o único anjo pelo qual  faço questão de suspirar. Patch é encantador e eu não me importaria de ser chamada de Anjo, por mais brega que considere. Mas a verdade é que tive uma dificuldade imensa de entrar no clima de Silêncio. E não é porque eu não curta a serie, eu adoro!
Refleti muito sobre os motivos que me levaram a enrolar a leitura por quase 5 meses, e ficou claro que o motivo básico é que eu mal lembrava do enredo de Crescendo (cuja resenha vocês podem ler aqui). 
Para resumir, Crescendo foi o primeiro livro que conseguir terminar de ler após uma duzia de livros abandonados no pós-separação meets antidepressivo. Quem já iniciou tratamento com esse tipo de medicação sabe que é bastante complicado, hiperatividade meets falta de atenção que resulta em "no reading whatsoever". 
Ao iniciar a leitura de Silêncio, meses atrás, não consegui me conectar porque faltava alguns detalhes perdidos na minha memoria de Dori. E eu sou chata com isso, tenho que lembrar tudo nos mínimos detalhes para conseguir aproveitar bem uma sequencia. Acabou que eu perdi o entusiamo e enrolei a leitura até agora. Quando sentei para reler boa parte de Crescendo, e relembrar tudo que havia apagado, enganchei em Silêncio e me empolguei novamente com meu anjo preferido.

A partir dai, Silêncio virou outro livro.

Nora é libertada de seu cativeiro sem nenhuma memória. Ela não lembra de Nefilins, arcanjos, anjos e muito menos de Patch, mas ela sabe que tem algo errado. Na sua ausência sua mãe começou a namorar  Hank Millar, o pai da escrotissima Marcie, e tudo a respeito desse relacionamento cheira a encrenca. Seus sonhos estão sendo invadidos por olhos negros que ela não tem ideia a quem pertencem, e isso não é tudo, ela está certa que está tendo ilusões acordada. 
Instigada por uma serie de sensações estranhas, sem saber em quem pode realmente confiar ( e não é que sua amiga Vee anda super estranha e anda mentindo para ela na caruda?) ela decide que só vai sossegar quando descobrir tudo por traz do seu sequestro.
É ai que surge novamente Scott, seu amigo-Nephlin-de-infância, cheio de informações, e Jev um cara misterioso que a faz sentir borboletas no estomago. 

Eu adoro odiar a Nora. Essa é a mais pura e simples verdade. Enquanto ela tem uma serie de características que prezo e adoro em protagonistas adolescentes, ela também é capaz de me irritar profundamente. E posso ser estranha, mas é esse tipo de coisa que eu adoro em um livro.  Adoro livros que me causam reações fortes, antíteses que se complementam e fazem a história de alguma forma  sair do papel.  É  muito-muito mais envolvente que certas protagonistas mocoronguinhas que estão sempre perfeitas-e-certas-e-prontas para o seu amado. Nora é altiva, é decidida, mas muda de decisão como muda de roupa. E em Silêncio fui obrigada a dar uma trégua, por que -coitadinha /sem-ironia- ela não lembrava de lhufas. Então só uma coisa me irritou profundamente: ela ficar repetindo Jev pra cá e Jev pra lá. Jev- JEV- J-E-V. Caracoles (permita me dizer que estava pensando em outra palavra nada educada) é o Patch, acorda loucona! Que nome irritante, poxa =x

Esse nome me irritou tanto que eu estava ficando agoniada até com o meu anjo queridinho. Mas -thx god-, logo as coisas foram resolvidas e eu pude suspirar tranquilamente. 

A trama de Silêncio é super envolvente, e bem mais eletrizante que a de Crescendo, um ponto que muitos reclamaram da seqüência do aclamado Sussurro. E essa amnesia de Nora só
Ajuda no desenvolvimento da mitologia, algo que eu havia comentado no primeiro livro da serie. Se no primeiro livro quase não vemos os detalhes basicos no qual se apoiam a história, e se em crescendo somos bombardeados de tanta informação que ele chega a ficar um pouco cansativo, em Silêncio Becca encontrou o ponto perfeito entre ambos. Apesar dos meus tropeços na leitura, achei essa sequencia super consistente, interessante e com um ótimo gancho no final. Só espero que o próximo livro da saga não demore tanto! Queremos muito mais Patch, não é girls?

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Beginners - iniciando a ser feliz

 Cronicas
Coluna de Crônicas sobre o cotidiano, romance, literatura e universo feminino. Postagens quinzenais com o autor Celso Faria, além de participações especiais.
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Assisti a um filme que me deixou bem impressionado. Begginers traduzido porcamente para o Brasil de Toda Forma de Amor. Na tela (ou no DVD) a história de Oliver interpretado por Ewan McGregor, um publicitário que acaba de perder o pai que se assumiu gay aos 75 anos, após a morte da sua esposa e mãe do rapaz. O filme narra três períodos da vida do personagem principal: a infância com a genitora, os últimos dias do pai e a história de amor com uma moça que acaba de conhecer, Anna.

O que mais me tocou no filme foi ao ouvir dos lábios de Anna a fala: - Por que você afasta todo mundo que gosta de você?. – O mais interessante em tudo é que não percebemos nenhum movimento de Oliver a fim de fazer com que as pessoas se distanciem dele. Ele é apenas um sujeito fleumático, às vezes melancólico e triste. Mas, não causa brigas, não discute ou faz um papelão no meio da rua ou usa drogas ou é alcoolatra ou qualquer outra coisa que nos salta aos olhos.

E foi a partir dai, após os créditos que parti para fazer o percurso inverso da história para tentar entender onde estava o trabalho do personagem ao afastar as pessoas dele. Sim, ele é um rapaz que não toca nas pessoas. Ele e sua mãe têm uma forma engraçada de mostrarem cumplicidade, ela brinca atirar nele e Oliver finge morrer. Algumas vezes, a senhora até pede para que interprete melhor a morte. Mas, não se tocam! A relação com seu pai é distante, mesmo estando no hospital sempre com ele. É bem burocrático em suas funções: dá os remédios, faz leituras, ouve os médicos e até mesmo o observa de longe. Mas, nunca se aproximam. No máximo, em um momento do filme, pegam na mão.

Quando Anna aparece na história não há contato entre eles. Aliás, até mesmo as cenas de sexo não são vistas, aparecem já no dia seguinte, debaixo dos lençóis, tudo subliminar. Não se beijam, não andam de mãos dadas. Mas, não pense que ele seja frio. Oliver é atencioso, busca as coisas dela em seu carro, abre sua casa, arruma a cama, faz comida e pode até lavar as suas roupas... Distantes.

Quantos de nós vivemos relações afetivas, amizades, namoros e até casamentos cumprindo todas as tarefas típicas de cada uma delas e nos esquecemos de nos abraçar, de nos sentir. Podemos até dizer que fulano ou beltrano é o melhor amigo, mas nunca damos um abraço, um beijo e somos verdadeiramente afetivos. Claro, que afabilidade não se mostra apenas por meio do toque, mas quantos de nós deixamos que as rotinas diárias nos afoguem e nos façam viver perto, mas distantes. Falamos da roupa por lavar, da compra no mercado, da festa do final do ano, até mesmo da viagem de férias, mas esquecemos de nos tocar e nos sentir. E ao nos conectarmos podemos finalmente nos sentir felizes e, como diz o filme, nessa arte, muitos de nós, ainda somos iniciantes, mas precisamos começar.

terça-feira, 3 de julho de 2012

2x1 Presentes da Vida, Emily Giffin

 2por1
Um livro, duas resenhas (por duas loucas). Coluna aleatória em dupla. Em que compartilho minhas loucuras literárias com minha amiga e colaboradora Denise Ayres.
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Esse video tá pronto desde a Páscoa, ou seja, MEA CULPA AGAIN. Eu sou uma procrastinadora compulsiva, e a preguiça só não me mata porque eu  já sou imune.
Então bora falar de Presentes da Vida, que agente é muito fã girl e o video está hiláriamente repetitivo. Tem até participação especial da blogosfera literaria no meu algum de fotos /oiq





Presentes da Vida
Emily Giffin
Editora: Novo Conceito
Páginas: 383
ISBN: 9788563219947 Onde Comprar:
Cultura | Submarino |Book Depository






Sinopse
Sabe a Darcy de O noivo da minha melhor amiga, aquela loirinha irritante interpretada pela Kate Hudson no filme? Esse é o livro dela, e se inicia praticamente em seguida ao final do supracitado. Nesse livro passamos pela metamorfose do seu amadurecimento,sua gravidez e conhecemos mais do seu romance com Marcus. Grande parte do livro se passa em Londres, na casa do amigo de infância da dupla de amigas, Ethan. And welll, o resto vocês terão que ler para saber.

 Deixa só eu confessar uma coisa: odeio escrever as sinopses. E hoje estou particularmente sem saco, parte preguiça/ parte amor pelo livro. Então indico a sinopse do skoob, porque a minha tá péssima /sincera.


Comentários


Julianna Steffens :
Eu já resenhei Something Blue aqui, por isso não tenho muita coisa para falar, a não ser: me perdõem queridos leitores que aguentarem os 17 min de fangirling.
Emilly Giffin é, para mim, uma das melhores autoras do chick lit mundial. Seus livros são realistas, dramáticos, inteligentes e tragicômicos.  Dentre todos, Presentes da Vida é de longe o meu preferido. Tanto que quando a Novo Conceito enviou para os parceiros os livros eu mal pude esperar. Fui correndo pegar o  o da Denise emprestado, que por um acaso do destino- e ou letras do alfabeto-  o dela sempre chega sempre 3-4 dias antes dos meus, apesar de morarmos na mesma rua. Li, ri, chorei e fuio alvo de olhares estranhos, sentada no shopping esperando a dona do mesmo.  Terminei as ultimas paginas aos prantos e só não fui para uma festa de aniversário parecendo um racoon  porque por intervenção divina a make do dia era a prova d´agua. Tudo isso para chegar em casa e descobrir que meu livro só chegou 24 horas atrasado. O que foi um milagre, e só me fez ficar com vontade de ler tudo de novo.

Denise Ayres :
Sou reconhecidamente fã de Emily Giffin, creio que isso não seja nenhum segredo.
Com sua Darcy (a noiva traída), Emily despertou sentimentos extremos e antagônicos em mim.
É impossível não antipatizar com a irritante superficialidade e futilidade da personagem. Assistir seu declínio e decadência, como resultado de uma vida de escolhas equivocadas e desleais, se torna perversamente prazeroso.
Mais ou menos como: "aprende, sua perua"!!!
Porém, Emily tinha planos para nós leitores (ela sempre tem).
Darcy mostra que SER humano é ir muito além da imutabilidade, adaptar-se as circunstâncias e lutar pela sobrevivência é algo que está inscrito em nosso DNA.
Darcy caí! Despenca, para ser precisa, mas aprende com seus erros e torna-se uma heroína que dobra seus leitores a reverências.
Assumo que me dobrei a essa garota, ela é especial!
Essa é a mágica que a Sra Giffin é mestre, nos mostrar que tudo é relativo do ponto de vista e circunstância de quem vive o problema, portanto, não há certos e errados e sim, focos de observação.
Descobrimos que Darcy mesmo em seu momento "borralheira" foi o melhor que pode com o que teve de criação.
Vê-la se redescobrir como sujeito foi uma experiência única para mim, terminei o livro aos prantos e não era de tristeza, simplesmente emocionante!