Páginas

quarta-feira, 28 de março de 2012

Simplificar é preciso!

 Internacional Reading
Coluna de Crônicas sobre o cotidiano, romance, literatura e universo feminino. Postagens quinzenais com o autor Celso Faria, além de participações especiais.
Não deixe de ler as outras postagens da coluna. Clique aqui!


Dia destes uma amiga me chamou para conversar. Tema da noite: a sua recente separação após anos casada. Fiquei um pouco assustado sobre aquele fim repentino. Então, ouvi todos os detalhes daquele término chato, mas necessário para o caso dela. Como não disse o nome da amiga posso revelar o motivo, separaram por causa daquelas coisas mais que esperadas: brigas motivadas por coisas triviais, entendimento que nunca chegava e um “cansei!” para encerrar. Perguntei se tem outro, disse-me que tem um caso pintando. Claro que insisti na questão se isso a motivou, ela me disse, de pé junto, que não tinha nada a ver.

Depois encontrei o ex-marido, numa reunião da turma, e não sei o motivo de estar lá. Afinal, detestava nossos encontros, sempre ficava de mau humor e com cara de “que hora acaba isso?”. Agora, não deixa de ir em um só encontro. Alguém convida? Não eu! Elogiaram que estava magro, ele, com aquele olhar sofrido, disse que havia sido trocado e a magreza era por sofrimento. Aliás, morro de inveja de quem emagrece enquanto sofre, eu só engordo... Mas, isso é outro assunto.

A grande verdade desse caso e de muitos outros é o que classifico como simplificação da realidade. Nós, de alguma forma, para viver a complexidade de uma separação ou de um momento sublime simplificamos e jogamos para debaixo do tapete todas as complexidades nelas existentes. Pois eu tive vontade de perguntar ao rapaz: - Você realmente acha que toda a separação se deve por que ela tem outro? – Claro que preferi me calar e seguir comendo o que estava a minha frente, por isso continuo brigando com a balança.

Para exemplificar um pouco mais isso, vamos ao um exemplo positivo. Lembro de quando queria escrever e lançar um livro, vê-lo nas mãos dos outros. Pensava, antes, eu seria o cara mais feliz do mundo e não caberia aquele furor em mim. Muito bem, no dia lançamento do meu primeiro – e único publicado até agora – livro, eu era uma pessoa calma, tranquila e não dava piruetas. Ou seja, durante meses, em todo aquele processo, tratei de simplificar o que sentia. E graças a Deus não parecia um maluco.

Conclusão da história: simplificar pode ser bom ou ruim. Não seria legal se as pessoas chegassem ao lançamento do meu livro e me encontrassem dando cambalhotas. Por isso, foi bom, aguentei a parada e espero lançar muitos outros sem ter um AVC. Já para as coisas ruins, pode ser bom também, a gente toca a vida achando que é simples assim, por exemplo, uma separação. Mas o que sei é: não podemos deixar de olhar o todo. Ninguém se separa por causa do outro, a não se que esse primeiro tenha dado espaço. Daí, não sei se foi na forma de ser ou de não ser, mas também não quero culpar o ex-marido da minha amiga, afinal ele não é o único responsável. Também detesto usar o termo “culpado” para isso. São sim, coresponsáveis.

Então, minha gente, tratemos de olhar para frente sem esquecer de dar uma espiada para dentro. Ser um pouco complexo pode nos fazer pessoas melhores.


Boa quinzena!

domingo, 25 de março de 2012

It's Hunger Games Baby!

Essa foi  a semana da ansiedade. Ansiedade pela contagem regressiva para a estreia de Jogos vorazes. Ansiedade por um convite chocantemente maravilhoso que chegou de supresa na minha caixa de entrada. E como eu estou orgulhosa de mim mesma, e completamente sem modéstia hoje, vou começar compartilhando a pequena entrevista que dei para o site The Daily Beast da Newsweek, sobre a minha tattoo do Mockingjay.

Deixando claro primeiramente que fiquei -S-h-o-c-k-i-n-g- quando recebi o email com o convite. Como é que eles me descobriram ainda é um mistério. Serio gente, it was HUGE for me! Eu só ficava pensando, cara é Newsweek, newsweek... ( que pra quem não sabe é tipo a Veja de circulação mundial).
Graças a deus que eu sugeri a entrevista fosse via email ( ela ja estava pensando no fuso horário pra ligar, alow!) então ñ tive que me preocupar com minha pronuncia xumbrega. Para melhorar ainda tive ajuda de alguns amigos fofinhos, que não só leram minhas respostas como me aguentaram durante as rodadas de edição, né @brunabenne - @T_Ururahy  e principalmente o @andreh_floripa, não só corrigiu meus erros primários como tirou sarro de todos eles, me mostrando como é bom ter um professor irônico pra te ajudar (haha). Acho que fiquei até 2 da manha pra corrigir as 12 perguntas! Super boa vontade não? 

Leiam e façam uma garota feliz =)

Sobre o Filme com SPOILER ( se é que existe spoiler em um filme sobre  um livro que vc já leu) 
Para completar a ansiedade. ALOW Paris Filmes que não fez Pré em Floripa, sua-feia-fedida-cara-de-mamão. Hunger Games estreou e a gente quase morreu com o filme.
Eu não tenho capacidade emocional-psicológica de fazer um comentário coerente sobre o filme, que right now já assisti duas vezes. Mas vou tentar contar como foi o turbilhão de emoções que foi sexta feira, feriado de Hunger Games Day  cof- aniversário de Floripa-cof para mim. A noite do dia anterior - que foi o feliz dia da pré-estreia para todos os brasileiros sortudos que não moram na roça - terminou com uma quase self-pitty group party na casa da Denise.

Tattoo sistah =)
Bru, Denise e eu (exceto nos momentos que cochilei no sofá da Denise, mas relevem) nos reunimos para falar e falar e falar sobre a sessão do dia seguinte, na qual combinamos não ler os tweets empolgados de todo mundo que já tinha a visto a bodega toda, e pra variar descumprimos nossa -minha- propria regra em 15 min.
Dona Dêde havia comprado ingresso pra toda (familia Steffens e Ayres Bombando) para para a sessão das 22:00 horas do dia seguinte, mas eu e a Bruna não resistimos e pegamos a primeira sessão legendada de Floripa no Iguatemi as 13:30.

Saímos do cinema simplesmente speechless, e ficamos com cara de nada por quase duas horas sem conseguir comentar direito o que achamos do filme. 

Não estou aqui hoje tentando resenhar o filme, que como vocês já sabem tem uma importância imensa pra mim. Então só vou comentar: Não foi um filme perfeito, mas quase chegou lá!

No geral, a adaptação foi muito feliz, bem feita, bem roteirizada, com atuações mais do que magnificas e cenas pra lá de emocionantes que captaram quase tudo que amei no livro ( o que foi aquela Rue, minha gente coisa fofa). Não posso deixar de notar alguns defeitinhos mínimos aqui e acolá (sem ser xiita minha gente, porque uma das coisa que mais odeio é gente ser xiita em relação a adaptações para o cinema): tais como: o ritmo apressado da história (mal conseguimos no afeiçoar a Rue e pum ela já morre), o estilo de fotografia principalmente no inicio do filme ( aquele treme-treme sempre fica parecendo tosco pra mim), a ausência desnecessária de frases marcantes  como "Stay alive" "You are Here to finish me off, Sweetheart?", e principalmente eles não terem focado um pouco mais em ressaltar a fome e o sofrimento do D12 ( pra quem não leu o livro isso não ficou claro o suficiente).Poderia ter sido mais violento? Poderia, mas para mim foi de bom tamanho.
No mais tiveram cenas épicas, que foram aquisições maravilhosas em relação ao material original do livro.  Seneca ( gatones oi-te-quero) e Presidente Snow. Seneca e Nightlock berries. "Do i smell Like Roses?". E a melhor: "That is MOHOGANY" (cliquem no link seus lindos, é de rir forever)

Jen é a Kat, Josh é o Peeta, Lenny é o Cinna, Woody é o Hay (forever and always meu favorito), Amandla é Rue, Elizabeth é a Elfie.... e UFA -
-BEST MOVIE EVER-

Encerramos o dia com a sessão familia das 22:00 (qto orgulho dos Steffens só minha mãe, que continua sendo a loirinha da Familia Monstro, não leu JV), e sai de lá como a feliz dona de um Pin do Mockingjay (poque para mim não basta ter ele tatuado no ombro esquerdo, tenho que ter o broche também), dos posters da Kat, Peeta, Hay, e Rue (ainda quero os outros, então quem tiver sobrando = presente S2).
Podia ficar horas falando e falando, mas gente preciso saber. 

O QUE VOCÊS ACHARAM?

E ...Quero ir ver de novo amanha, alguém topa?

quinta-feira, 15 de março de 2012

Promoção My book is Lost

Pelo nome louco da promoção já deu pra perceber que é uma promoção em conjunto da dupla dinâmica Julianna/Lostinchicklit e Denise/My book is. A primeira de muitas, of course, valendo 3 livros : O preço de uma lição, A Jornada e Beijada por um anjo: Revelação, além de vários marcadores e alguns brindes bem legais, como um chaveiro de Black Swan, 5 botons, um lápis da série Hush Hush ( ou seja tudo que está na foto. 
Regras


♥ Ser seguidor do Lost e do My Book is...

Ter um endereço de entrega no Brasil;

Entradas válidas até o dia 10 de abril de  2012.


♥ Preencher o formulário de participação.




Chances Extras


Como o nome já diz, as chances extras são participações complementares para quem quiser ter mais oportunidades de ganhar a promoção, no entanto, elas não são obrigatórias .  Convido-os a divulgarem o quanto quiser!


Preencha o formulário novamente a cada participação extra.

Você pode divulgar no seu blog, twitter, facebook, orkut, tumbler, skoob (e outras redes sociais), basta apenas colocar um link direto para a sua divulgação.

♥ 
"Curtir" a pagina do Lost in Chick Lit (aqui e do  My Book is no Facebook (aqui), basta colocar Curti +  seu Nome.

Para divulgações no Twitter, você deve seguir o @LostinChickLit e a @deniseayres e tweetar  (com o intervalo minimo de 4 horas) a  seguinte frase:


#sorteio My Book is Lost com  @lostinchicklit e @deniseayres e  http://goo.gl/nxXMd
Se  ao final da promoção o vencedor  não tiver  seguido  todas as regras     será desclassificado e o  sorteio será feito  novamente.



Promoção encerra dia 10/04/2012

sexta-feira, 9 de março de 2012

2por1: A Caminho da Sepultura

 2 por 1
Um livro, duas resenhas (por duas loucas). Coluna aleatória em dupla. Em que compartilho minhas loucuras literárias com minha amiga e colaboradora Denise Ayres.
Não deixe de ler as outras postagens da coluna. Clique aqui!


Sabe aquela coluna nova que eu havia prometido? Duas por uma, ou 2por1, é fruto da minha amizade literariamente maluca com a Denise Ayres ( colaboradora do Lost e autora do My Book is...). Nós não apenas compramos livros juntas e viramos madrugadas falando sobre eles, nós fazemos leituras simultâneas empolgadas, que resultam em chats hilários madrugada a fora, comentando- recitando (e as vezes encenando também, mas não vem ao caso) as melhores passagens dos livros. Isso sem contar os encontros, que deixam qualquer pessoa que não leram o tal livro mais do que perdidos. 
Há bastante tempo temos vontade de compartilhar essas leituras duplas com vocês, e assim surgiu a ideia desta coluna: um livro, duas resenhas. Só que apenas a resenha escrita não iria transmitir nossa  loucura - ops, empolgação, sobre os livros, por isso decidimos gravar também um vídeo a respeito do livro em questão. Toda vezes que lermos algum livro juntas vocês irão ver a gente pagando mico aqui no blog /comemora. Guardei minha vergonha numa caixa, e finalmente me convenci em aparecer nos videos então, por favor, não reparem no estile awkward ( e nem na minha juba, que vai ser tosada hoje). Espero que vocês gostem!





A Caminho da Sepultura
Night Huntress #1
Jeaniene Frost
Editora: Novo Século
Páginas: 354
ISBN: 9788576794721
Onde Comprar:
Cultura | Book Depository






Sinopse
Cat já acostumou a ser vista com outros olhos , a população de sua cidade pequena nunca a deixará esquecer que ela foi gerada fora de um casamento. E se isso fosse tudo, Cat conseguiria lidar tranquilamente, mas até sua mãe a trata diferente, e tudo isso porque herdou alguns "dons" de seu pai. Cat não é completamente humana, e sim fruto de uma relação abusiva com um vampiro, e a unica forma que ela encontrou de vingar o que aconteceu com sua mãe é sair todos os fim de semanas cassando sangue-sugas pelos bares d e toda Ohio. É durante uma dessas caçadas que ela conhece, Bones, um vampiro ironico  e pra lá de sexy, que lhe propõe um acordo (não que ela tenha muita opção): ele irá treina-lá e a ajudará encontrar seu pai sem escrúpulos, em contra partida ela o ajudará em seus serviços de matador de aluguel de seres que já passaram dessa para melhor.  Juntos investigarão o sumisso de uma série de garotas, e quem sabe algo mais...


Comentários


Julianna Steffens :
A Denise praticamente me obrigou a pegar A Caminho da Sepultura, quando me viu numa das minhas piores crises de ressaca literária da história, mas antes que vocês pensem "Nossa que amiga altruísta" saiba que ela tinha segundas intenções, ela queria/precisava/necessitava de alguém para compartilhar sua empolgação contida. Vocês tinham que ver ela me contando a história, parecia aqueles vendedores de carro que não só convencem você a fazer um teste drive, mas que te fazem levar o carro para casa na volta (neste caso o livro foi para  a minha casa dentro da bolsa, mas vocês entenderam né?). Eu levei na amizade, sabe como é,  mas me surpreendi logo na primeira página.  Sabe quando a narrativa e a protagonista já te ganham logo de cara? E quando algumas páginas depois conhecemos Bones, well posso admitir que ai tive "certeza absoluta". Jeaniene soube criar uma ótima história, dentro de um gênero saturado de mesmices. E meu único desejo verdadeiro era estar lendo o livro no original, e a verdade é, se eu não estivesse com o meu cartão zerado tinha comprado os 6 que já foram publicados lá fora na hora! Por essas e outras tenho medo de mim mesma quando comprar um e-reader. 

Denise Ayres :
A caminho da sepultura é um livro envolvente,dinâmico, com uma narrativa bem construída, sensual e rápida. Amo vampiros e para mim, o tempo deles não passará tão fácil. Eles são inteligentes, super experientes e sensuais. Cat é uma personagem forte, corajosa, que vive uma grande adversidade por não se encaixar ao mundo, mas isso não a abate, não a faz se encolher. Bones é brutalmente apaixonante. Esse livro me levou a um patamar de histeria que eu não vivenciava desde Vampire Academy. Conto os segundos pela continuação. A série tem a pretensão de ser de nove livros, nos EUA já publicaram seis e a autora já tem dois spin off publicados.



quarta-feira, 7 de março de 2012

As histórias de amor que nunca alcançamos

 Internacional Reading
Coluna de Crônicas sobre o cotidiano, romance, literatura e universo feminino. Postagens quinzenais com o autor Celso Faria, além de participações especiais.
Não deixe de ler as outras postagens da coluna. Clique aqui!

Helo Girls! Venho hoje apresentar uma nova seção do Lost ( que planejamos há quase um ano) uma coluna quinzenal com crônicas sobre a vida, livros e claro muito romance. Ela vai ser comandada pelo fofo do Celso Faria, autor do Lad Lit Os vipirisados, que já resenhei aqui. Espero que vocês gostem! Quem saiba eu me arrisque a vir contar minhas histórias a lá Sex and The City aqui para vocês (my wish! huauah).  E como só passei aqui para apresentar, fiquem com o texto de abertura...
Julianna Steffens
Gosto sempre de passar e dar minhas sapeadas nas conversas, principalmente no mundo dos comentários do Lost in Chick Lit. E quando propus um espaço para falar com vocês, fiquei pensando, por onde começar. O que desejam estas mulheres (e alguns homens) que frequentam esse espaço? E pra começar que tal falar de romances? Afinal, quando escrevo uma história, meu ponto de partida é um personagem verossímil e um bom romance. E quem gosta de chick lit busca boas histórias de amor, certo?! Olha ai, então, minha proposta é falar de romances.

 Fui criado acreditando nas histórias de amor, aliás me lembro quando compramos o nosso primeiro vídeo cassete – e eles custavam uma fortuna – minha mãe e duas irmãs passaram dias e dias vendo e revendo Sissi, a Imperatriz. Dependendo da sua idade, você nem sabe o que é isso. Mas era puro romance. Com todos aqueles clichês: amor à primeira vista, sofrimento até as últimas cenas, final feliz e uma música alta, com o beijo e abraço final, junto com o “The End”. Ficava encabulado como elas gostavam do filme e sempre tinha uma continuação, talvez uma Sissi no Inverno de Paris, que estava perdido no fundo da prateleira da locadora. Para piorar – ou melhorar -, uma dessas irmãs era leitora assídua das séries Júlia e qualquer coisa que viesse nesse rumo. Se também não sabem o que é, são romances vendidos em banca de revista, puro água com açúcar. Juro que me assustei quando li um deles e me dei de frente com uma cena de sexo. Acho que a mistura sexo animal e romance faziam as leitoras serem assíduas. Eu sempre preferi Agatha Christie e Sidney Sheldon e aproveitei bastante da biblioteca da escola pública onde fiz Ensino Médio. Li de tudo e adorei aqueles sugeridos pela professora de literatura, por exemplo, os chamados da Escola Romântica Brasileira. “Moreninha” é meu preferido! Dias atrás andava conversado sobre isso com a terapeuta. Acho que sou um romântico, quase do tipo que manda flores. Sabe como é?

Para minha surpresa, descobri que são lindos os romances, mas corremos um perigo: idealizar demais. Temos que esquecer que essa história de que toda panela tem sua tampa é pura bobagem. Aqui em casa alguns dias que cozinho, não acho a tampa no armário. Vai qualquer outra. E se precisar de algum calço, vai lá. Claro que se for muito diferente, não serve... Se na vida prática é assim, porque no amor a gente é tão rígido?

A idealização nos coloca diante de um amor impossível e de um indivíduo que nunca vai existir, certo? E ando cansado quando meus amigos e amigas, que vivem reclamando que não acham ninguém, conhecem alguém e em menos de quinze dias lá vêm os defeitos. Que tal um calço? Pra dizer a verdade, alguns criam um sistema tão rígido que é difícil alguém de verdade caber nele.

Não quero dizer que precisamos viver por um amor qualquer, sem nenhuma identificação, mas quando ninguém parece agradar, que tal acender as luzes de emergência e olhar para dentro de si? E o que fazemos com os romances? Continuemos lendo. Talvez eles nos mostrem como encontrar o calço certo. Também existem para nos fazer suspirar e procurar, nas nossas relações, a dignidade e o amor de verdade.

Temos uma tarefa urgente diante do amor, buscá-lo sempre. Não gosto daquela história do Vinícius de Moraes de que seja eterno enquanto dura. Afinal, só mesmo um grande poeta para escrever sobre isso, quem melhor no mundo sabe idealizar o amor? Por isso, nós que estamos no mundo real, devemos ler os poetas e grandes escritores e nos inspirar, sem que isso nos distancie de um grande amor ou nos faça sonhar por algo que não existe.

Até daqui quinze dias!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Trono de Fogo de Rick Riordan




Trono de Fogo
As Crônicas dos Kane #2
Rick Riordan
Editora: Intrínseca
Páginas: 398
ISBN: 9788580570922
Onde Comprar:
Submarino | Cultura | Book Depository

Desde que descobri as maravilhas do tio Rick Riordan eu aguardo os lançamentos como criança a espera de doce, literalmente super-dupper empolgada. E quando Trono de Fogo chegou aqui, perto do Natal, eu mal podia esperar para começar a devorá-lo freneticamente. Infelizmente muitas coisas aconteceram de lá para cá, e muitas delas não foram divertidas, aliadas a falta de tempo, acabou que peguei a sequencia do maravilhoso A Piramide Vermelha ( Anúbis s2 / leia a resenha do Lost) faz pouco mais de duas semanas . Isso mesmo levei duas semanas para conseguir terminá-lo, e não, não foi porque ele é  chato, mas sim porque tive algumas peripécias no meio do caminho, afinal de contas, se não tivesse meu nome não seria Julianna Steffens. 

Estava até pensando que os deuses não queriam que eu terminasse de ouvir o relato de Sadie e Carter! Acabou que pela primeira vez na vida - ai ai ai o desespero- eu perdi um livro. Sim! Acreditem foi desesperante ( deve ser assim quando a mãe percebe que perdeu o filho dentro do supermercado), pelo menos foi quando eu descobri que tinha perdido. 

Deixa eu contar/desabar para vocês então: Sábado eu estava toda saltitante-serelepe indo para o trabalho com o livro na mão ( bolsa pequena e lotada, sabe como é), parei na feirinha e comprei aquelas bolachas do capeta, gostosas como só bolachas de feira conseguem ser.  Parei também no mercado pra pegar meu vicio negro ( vulgo Coca-Cola Zero), porque isso que é empolgação gente, sábado oito horas da matina e eu lá empolgadona indo de canto a canto a pé no sol. Trabalhei, fui pra casa de carona, e talvez por isso só me dei conta que havia esquecido o livro no trabalho horas depois, quando quis pegar para ler. Tive que aceitar resignada minha burrada e esperar até segunda para continuá-lo (tortura-tortura), mas tchan-tchan-tchan quando cheguei na Oficina de Arte Meise segunda-feira o livro não estava em lugar nenhum. Imagina o desespero?  Pensei que havia deixado o livro na feirinha, e só iria conseguir descobrir no sábado seguinte, o que significava que ia ficar morrendo aos pouquinhos por mais 5 dias inteiros. Desespero total! ( nem pensar o mantra Don't Panic! Dont't Panic! adiantou . Minha gerente, e amiga Laurinha ( que entende meu vicio literario) me convenceu a ir no supermercado dar uma perguntada lá também ( vou deixar claro que a salada de fruta que ela queria não tinha nada haver com o assunto). Acabou que o livro estava mesmo no supermercado, eu havia esquecido no caixa e quando me chamaram eu não escutei porque estava com o fone no ouvido. Só então pude respirar aliviada. E só depois dessa história imensa é que posso contar para vocês um pouco da história:

 Em o Trono de Fogo, Carter e Sadie, precisão impedir que Apófis se liberte de seu cativeiro e destrua o mundo que conhecemos. E a unica maneira de impedir tal calamidade é tirar o grande Deus Sol da aposentadoria, e para isso eles precisasão do Livro de Rá.  O  livro de Rá foi fragmentado em três papiros escondidos pelo mundo. Com a ajuda dos seus novos discipulos, Walt e Jaz, e do deus menor (literalmenta anão) Bes, além de seus amigos de sempre,  Bastet, Khufu e Anubis, eles terão que lutar com outros deuses que não concordam com o retorno de Rá, além do mago maligno ( ou sorveteiro do mal -oiq!) Menshikov, o terceiro maior mago da Casa da Vida. Esses dois irmãos corajosos e hilários irão passar bons bocados, e como todos os livros do tio Rick é emoção do começo ao fim.

Eu sou suspeita a falar porque sou fã de todos os livros do Rick e tenho um carinho especial pela Saga dos Kane. Desde criança nutro uma adoração por mitologia egípcia, e até meus bons 10 anos se alguém me perguntasse o que eu queria ser quando crescer eu falava com orgulho: Arqueóloga ou Paleontóloga ( Oi Jurastic Park meets Em busca do Vale Encantado). Mas uma coisa é notável, apesar de termos uma narrativa mais leve e descontraída ( cheia de humor entre irmãos) alternada entre Sadie e Carter, a magnitude da mitologia egipicia e o seu distanciamento com nossa cultura atual acaba deixando O Trono e Fogo e A Pirâmide Vermelha livros um pouco mais densos que as outras duas séries de mitologia greco-romana de Riordan. E o motivo disto é límpido como o Nilo (cá pra nós se é limpido, ou não, eu não sei,  mas que  a expressão casou bem casou), ainda hoje somos influenciados diretamente pela cultura greco-romana diariamente, seja politico, econômico como - e principalmente- socialmente. Basta só pensar na nossa educação escolar: quanto meses passamos estudando Roma e Grécia? Agora pensem quanto tempo passamos estudando Egito? Pense então na relação de duração de ambas civilizações? Reparou o quão pouco estudamos de mitologia e história egípcia?

Não é que a mitologia seja mais intrincada, mas não temos aquele conhecimento prévio dos seus nomes e personagens principais, e  no começo essa falta de bagagem faz termos que voltar e reler os nomes anteriores para não confundir os personagens e suas motivações, o que pode ser cansativo para o leitor menos proativo. Para mim isso não faz muita diferença sinceramente, no entanto, não consigo deixar de comentar. A dica é: ficou na duvida, vá até o glossário no final do livro, ele é super util!

Vários outros personagens menores são introduzidos na trama, inclusive uma brasileirinha, a Cleo, uma das discípulas que vão treinar no Brooklin com Carter e Sadie. Não é muito amor pessoal? Fiquei toda -oinnn- quando li! A Jaz e o Walt são também muito queridos, mas tenho que admitir que fiquei com um pézinho atras com o Walt durante todo o livro. Ele e Sadie estão de paquerinha, o que coloca em duvida o "relacionamento" de Sadie e Anubis, que é o meu queridinho. Acho que os dois são super OTP, e o Walt meio que veio colar pimenta naquilo que eu já estava tomando como certo.
Só que lá para o final, eu também fui me apaixonando pelo Walt, não tem como não ficar triste pela sua história, e isso acaba te conquistando. Anúbis continua sendo o meu favorito, mas o Walt já conseguiu um espacinho no meu coração.

Enfim, Trono de Fogo é uma sequencia mais que digna para a Pirâmide Vermelha, e mal posso esperar pela próxima aventura de Sadie e Carter.
Acho digno também a Intrínseca tentar mais uma vez trazer o Rick para a Bienal esse ano. Eu sei que é complicado e que eles tentam todos os anos, mas a agenda do cara é foda, porque ele tem que lançar um livro a cada 6 meses.  Mas vai dizer que não seria um sonho  ter aquela pilha imensa de livros autografada!